Deputados do PMDB declaram independência do governo
Bancada da Câmara amplia crise e pede reunião da Executiva para discutir aliança
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 20h09.
Brasília - A crise entre o governo e o PMDB teve um novo round nesta terça-feira, com a decisão unânime da bancada de deputados peemedebistas de adotar uma postura de independência nas votações na Câmara e pedir a convocação de uma reunião da comissão executiva do partido para debater a atual crise e "reavaliar a qualidade" da aliança com o PT.
A decisão dos deputados aumenta a pressão sobre a aliança nacional entre os dois partidos pelo projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff, que nos últimos dias tem feito reuniões com caciques do PMDB para tentar garantir o apoio oficial de legenda e isolar o líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que tem capitaneado os movimentos dos aliados insatisfeitos.
Não há data marcada para a reunião da comissão executiva, mas é provável que ela ocorra na próxima semana. A tendência é que além de debater a relação com o governo também seja discutida a possibilidade de convocar uma convenção nacional do partido para determinar se o casamento com o PT será mantido ou não.
Cunha disse após a reunião que o movimento da bancada não visa o rompimento com o governo e o fim da aliança eleitoral, mas não detalhou o que o governo ou o PT podem fazer para evitar o racha instalado.
"O que existe é uma insatisfação generalizada sobre o processo hegemônico feito pelo PT, que avança prejudicando as bancadas de partidos aliados, notadamente o PMDB", disse o líder.
"Não posso afirmar que tem solução. Qualquer solução que eu colocasse aqui seria ilusória", acrescentou Cunha, que avalia que a crise está instalada e o governo terá que negociar mais.
A tensão entre PMDB e PT teve como estopim a insatisfação da bancada peemedebista, principalmente na Câmara, com o encaminhamento dado por Dilma à reforma ministerial.
Mas o PMDB já vinha dando sinais de descontentamento com a presidente desde o início do seu mandato, por entender que a interlocução com o Palácio do Planalto e o espaço do partido no governo são insuficientes. O ritmo de liberação de emendas parlamentares também tem sido ponto de atrito.
Brasília - A crise entre o governo e o PMDB teve um novo round nesta terça-feira, com a decisão unânime da bancada de deputados peemedebistas de adotar uma postura de independência nas votações na Câmara e pedir a convocação de uma reunião da comissão executiva do partido para debater a atual crise e "reavaliar a qualidade" da aliança com o PT.
A decisão dos deputados aumenta a pressão sobre a aliança nacional entre os dois partidos pelo projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff, que nos últimos dias tem feito reuniões com caciques do PMDB para tentar garantir o apoio oficial de legenda e isolar o líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que tem capitaneado os movimentos dos aliados insatisfeitos.
Não há data marcada para a reunião da comissão executiva, mas é provável que ela ocorra na próxima semana. A tendência é que além de debater a relação com o governo também seja discutida a possibilidade de convocar uma convenção nacional do partido para determinar se o casamento com o PT será mantido ou não.
Cunha disse após a reunião que o movimento da bancada não visa o rompimento com o governo e o fim da aliança eleitoral, mas não detalhou o que o governo ou o PT podem fazer para evitar o racha instalado.
"O que existe é uma insatisfação generalizada sobre o processo hegemônico feito pelo PT, que avança prejudicando as bancadas de partidos aliados, notadamente o PMDB", disse o líder.
"Não posso afirmar que tem solução. Qualquer solução que eu colocasse aqui seria ilusória", acrescentou Cunha, que avalia que a crise está instalada e o governo terá que negociar mais.
A tensão entre PMDB e PT teve como estopim a insatisfação da bancada peemedebista, principalmente na Câmara, com o encaminhamento dado por Dilma à reforma ministerial.
Mas o PMDB já vinha dando sinais de descontentamento com a presidente desde o início do seu mandato, por entender que a interlocução com o Palácio do Planalto e o espaço do partido no governo são insuficientes. O ritmo de liberação de emendas parlamentares também tem sido ponto de atrito.