Deputado Ricardo Barros é acusado de receber R$ 5 mi em propina
Político, nomeado líder do governo na Câmara, foi acusado em delação premiada de executivos da Galvão Engenharia
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2020 às 13h33.
Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 13h01.
O novo líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) foi deletado por dois executivos da Galvão Engenharia, conforme informou o portal O Antagonista. O parlamentar teria recebido mais de 5 milhões de reais para ajudar a companhia a fazer negócios com a estatal Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica).
Os acordos indicam que Barros teria recebido 1,55 milhão em espécie e outros 3,53 milhões em doações eleitorais pelo Diretório Nacional do PP, em que era tesoureiro, entre 2011 e 2014. Barros disse, em nota enviada à agência Reuters, que "a suposta delação não corresponde aos fatos e que provará a sua inocência".
A Galvão Engenharia teria interesse em vender seus ativos na área de energia e pensava que a Copel poderia ser uma potencial compradora. Barros teria agido como interlocutor para facilitar a venda.
Em 2011, a empresa vendeu sua participação de 49,90% na São Bento Energia para a estatal paranaense. Depois, em 2013, o deputado teria sido procurado novamente para viabilizar a venda dos ativos remanescentes.
A Copel informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que criou uma comissão para investigar o suposto caso de corrupção envolvendo a empresa no ano passado, após ter recebido notificação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a delação premiada.
"A colaboração premiada foi homologada em 1 de agosto de 2019 pela Corte máxima do país. O processo, no qual a Copel é vítima, corre sob sigilo no STF", diz o comunicado.