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Deputado do PR trocado na CCJ retorna ao colegiado como titular

Jorginho Mello havia sido substituído pelo governista Laerte Bessa, que foi um dos 40 deputados que garantiram voto contra a denúncia apresentada pela PGR

Jorginho Mello: o deputado votaria pela admissibilidade da denúncia (Facebook/Reprodução)

Jorginho Mello: o deputado votaria pela admissibilidade da denúncia (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de julho de 2017 às 17h48.

Brasília - Após dias de mudanças na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para garantir votos contra a denúncia do presidente Michel Temer, parlamentares que foram substituídos começaram a retornar ao colegiado.

O deputado Jorginho Mello (PR-SC) foi o primeiro a retornar à CCJ como titular. Em seu lugar, o partido tinha colocado Laerte Bessa (PR-DF), que agora virou suplente.

Governista, Bessa foi um dos 40 deputados que garantiram voto contra a denúncia por crime de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Partidos da base governista, em especial do chamado "Centrão" (PR, PP, PSD, PRB, Solidariedade e PTB), promoveram 25 remanejamentos na comissão, o que envolveu 14 vagas de titular desde 26 de junho.

Sem essas mudanças, os aliados não teriam conseguido derrotar o relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava a admissibilidade da denúncia.

Doze dos 40 votos contra o parecer do peemedebista vieram dos novos titulares na comissão.

A estratégia de troca de titulares é uma prática já conhecida na Câmara.

No ano passado, partidos aliados do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), promoveram trocas no Conselho de Ética e na CCJ para impedir o andamento do processo por quebra de decoro parlamentar.

Após o agravamento da situação política de Cunha, a tática se mostrou incapaz de impedir que o plenário da Casa aprovasse a cassação do mandato do peemedebista.

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