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Deputado do PMDB confirma sondagem para assumir Aviação

O deputado Mauro Lopes confirmou que foi sondado pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo para ocupar o cargo de ministro da Secretaria de Aviação Civil

O deputado federal Mauro Lopes (PMDB - MG): “eu não fui convidado, fui sondado por ministros, pessoas da Presidência da República" (Saulo Cruz/ Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 22h54.

Brasília - O deputado Mauro Lopes ( PMDB -MG) confirmou nesta terça-feira que foi sondado pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para ocupar o cargo de ministro da Secretaria de Aviação Civil, deixado vago pelo seu colega de partido Eliseu Padilha, e que se efetivamente convidado, aceitará.

O convite a Lopes faz parte de uma estratégia do Palácio do Planalto para esvaziar a candidatura do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) à liderança do partido na Câmara e angariar o apoio da bancada mineira do PMDB à recondução de Leonardo Picciani (RJ), mais alinhado com o governo.

“Eu não fui convidado, fui sondado por ministros, pessoas da Presidência da República. Eu sou governo. Nós somos governo e nós temos que ajudar a governar o país. Eu perguntei a Michel (Temer , vice-presidente da República e presidente do PMDB) e ele me disse ‘Mauro, terá todo meu apoio’”, disse o deputado ao sair de um encontro de aproximadamente duas horas com o vice-presidente.

Lopes acrescentou, depois, que se efetivamente convidado aceitará o cargo.

“Eu conversei com Berzoini e com o líder do governo na Câmara, o José Guimarães (PT-CE). Se for efetivamente convidado, eu aceito.” Lopes disse que ficará em Brasília por toda a quarta-feira e que espera um contato da Presidência. No final de 2014, parte da bancada do PMDB na Câmara organizou uma rebelião contra Picciani e chegou a derrubar o deputado fluminense da liderança, pondo Quintão em seu lugar.

A alegação era de que Picciani não havia contemplado todos os espectros peemedebistas ao apontar apenas parlamentares mais alinhados com o governo para a comissão que analisaria a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O Planalto agiu e conseguiu reverter a destituição revertendo votos de deputados que têm interesses dentro do governo, apesar de Temer e parte da Executiva do PMDB ter tentado barrar a volta de Picciani. Dessa vez, Temer informou que não vai interferir. Preocupado em tentar sua reeleição para a presidência do partido, o vice-presidente arrefeceu a briga com o Planalto.

“O PMDB não vai entrar nessa discussão. Estamos cuidando do PMDB em nível nacional. Estamos cuidando da união do partido. Se eu ou o próprio Michel começarmos a dar opinião, vamos rachar o partido”, disse o deputado, que também é secretário-geral da legenda. Se for confirmado, Lopes ocupará o cargo deixado por Padilha em um momento de relações estremecidas com o PMDB.

Um dos homens mais próximos ao vice-presidente, a decisão de Padilha foi interpretada como um sinal das péssimas relações de Temer com o governo – confirmada depois pela carta enviada pelo vice a Dilma em que se queixou do descaso com que era visto pelo Planalto.

De lá para cá, com denúncias atingindo em cheio o PMDB, o tom beligerante diminuiu, mas fontes do partido garantem que a crise não terminou. Padilha foi um dos que passou a defender que o PMDB saísse do governo na convenção do partido, marcada para março, mesmo com a alegação de que seria porque o partido precisa ter candidato próprio à Presidência na eleição de 2018.

Lopes, prestes a entrar no governo com o qual parte de seu partido quer romper, diz que essa decisão não será tomada em março.

“O PMDB não sai do governo, eu posso adiantar. Nós temos responsabilidade com o país. Nós somos governo, e para mim e para o Michel não têm isso de abandonar o governo. Nós somos governo e vamos terminar o governo até 2018”, afirmou.

A convenção que pode decidir os rumos do partido está marcada para 19 de março. De acordo com o deputado, Temer e outros membros da Executiva irão viajar por todos os Estados do país entre 28 de janeiro e 5 de março para “preparar a convenção”.

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O convite a Lopes faz parte de uma estratégia do Palácio do Planalto para esvaziar a candidatura do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) à liderança do partido na Câmara e angariar o apoio da bancada mineira do PMDB à recondução de Leonardo Picciani (RJ), mais alinhado com o governo.

“Eu não fui convidado, fui sondado por ministros, pessoas da Presidência da República. Eu sou governo. Nós somos governo e nós temos que ajudar a governar o país. Eu perguntei a Michel (Temer , vice-presidente da República e presidente do PMDB) e ele me disse ‘Mauro, terá todo meu apoio’”, disse o deputado ao sair de um encontro de aproximadamente duas horas com o vice-presidente.

Lopes acrescentou, depois, que se efetivamente convidado aceitará o cargo.

“Eu conversei com Berzoini e com o líder do governo na Câmara, o José Guimarães (PT-CE). Se for efetivamente convidado, eu aceito.” Lopes disse que ficará em Brasília por toda a quarta-feira e que espera um contato da Presidência. No final de 2014, parte da bancada do PMDB na Câmara organizou uma rebelião contra Picciani e chegou a derrubar o deputado fluminense da liderança, pondo Quintão em seu lugar.

A alegação era de que Picciani não havia contemplado todos os espectros peemedebistas ao apontar apenas parlamentares mais alinhados com o governo para a comissão que analisaria a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O Planalto agiu e conseguiu reverter a destituição revertendo votos de deputados que têm interesses dentro do governo, apesar de Temer e parte da Executiva do PMDB ter tentado barrar a volta de Picciani. Dessa vez, Temer informou que não vai interferir. Preocupado em tentar sua reeleição para a presidência do partido, o vice-presidente arrefeceu a briga com o Planalto.

“O PMDB não vai entrar nessa discussão. Estamos cuidando do PMDB em nível nacional. Estamos cuidando da união do partido. Se eu ou o próprio Michel começarmos a dar opinião, vamos rachar o partido”, disse o deputado, que também é secretário-geral da legenda. Se for confirmado, Lopes ocupará o cargo deixado por Padilha em um momento de relações estremecidas com o PMDB.

Um dos homens mais próximos ao vice-presidente, a decisão de Padilha foi interpretada como um sinal das péssimas relações de Temer com o governo – confirmada depois pela carta enviada pelo vice a Dilma em que se queixou do descaso com que era visto pelo Planalto.

De lá para cá, com denúncias atingindo em cheio o PMDB, o tom beligerante diminuiu, mas fontes do partido garantem que a crise não terminou. Padilha foi um dos que passou a defender que o PMDB saísse do governo na convenção do partido, marcada para março, mesmo com a alegação de que seria porque o partido precisa ter candidato próprio à Presidência na eleição de 2018.

Lopes, prestes a entrar no governo com o qual parte de seu partido quer romper, diz que essa decisão não será tomada em março.

“O PMDB não sai do governo, eu posso adiantar. Nós temos responsabilidade com o país. Nós somos governo, e para mim e para o Michel não têm isso de abandonar o governo. Nós somos governo e vamos terminar o governo até 2018”, afirmou.

A convenção que pode decidir os rumos do partido está marcada para 19 de março. De acordo com o deputado, Temer e outros membros da Executiva irão viajar por todos os Estados do país entre 28 de janeiro e 5 de março para “preparar a convenção”.

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