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Depoimento sobre acidente de bonde no RJ é adiado

No pedido de adiamento, a prefeitura alegou que o inquérito policial sobre o caso não foi concluído e, portanto, "não há fato novo, não há o que comentar"

O bonde Santa Teresa é um famoso ponto turístico do Rio de Janeiro (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 17h32.

Rio de Janeiro - Dois meses após o acidente com o bonde de Santa Teresa que matou seis pessoas e deixou 56 feridos, o secretário de Transportes do Rio de Janeiro , Julio Lopes, conseguiu adiar depoimento previsto para segunda-feira, 31, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). No pedido de adiamento, aceito pela comissão de Transportes da Alerj, Lopes alegou que o inquérito policial sobre o caso não foi concluído e, portanto, "não há fato novo, não há o que comentar", informou a assessoria de imprensa do secretário.

O deputado de oposição Marcelo Freixo (PSOL) reagiu no Twitter, classificando a decisão de vergonhosa. Na terça-feira, um dia antes do adiamento, Freixo acusara o secretário de "covarde". Lopes não quis comentar as declarações de Freixo. Dois dias após a tragédia, o secretário disse que o condutor do bonde, Nelson Correa da Silva - um dos mortos no acidente - deveria ter levado o veículo para a oficina. A orientação teria sido repassada ao motorneiro porque o bonde havia colidido com um ônibus pouco antes da tragédia. A declaração de Lopes revoltou parentes e amigos de Silva. Para eles, o secretário quis culpá-lo pelo acidente.

No início do mês, laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil concluiu que a tragédia foi provocada por um problema no sistema de freios do bonde, gerado por falta de manutenção. Os peritos encontraram resíduos de óleo e água no sistema de ar comprimido, responsável pelo acionamento dos freios. Segundo o laudo, tratava-se de uma evidência da falta de manutenção preventiva. Ficou provado no relatório que Silva tentou frear o bonde, mas o equipamento usado em situações emergência não funcionou. Testemunhas já haviam relatado no dia do acidente que o motorneiro tentara frear o bonde até o último momento. O laudo concluiu que muitas peças foram fabricadas de maneira artesanal. Após a tragédia, a circulação dos bondes de Santa Teresa foi suspensa pelo governo do Estado.

Na quarta-feira, Freixo voltou a comentar o caso pelo Twitter. "Hoje aprovamos uma homenagem ao motorneiro Nelson, herói em Santa Teresa. Viva Nelson! Fora Julio Lopes!", escreveu o deputado, que preside a comissão de Direitos Humanos da Alerj. Não há data definida para a nova convocação do secretário. A tragédia em Santa Teresa completou dois meses hoje.

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Rio de Janeiro - Dois meses após o acidente com o bonde de Santa Teresa que matou seis pessoas e deixou 56 feridos, o secretário de Transportes do Rio de Janeiro , Julio Lopes, conseguiu adiar depoimento previsto para segunda-feira, 31, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). No pedido de adiamento, aceito pela comissão de Transportes da Alerj, Lopes alegou que o inquérito policial sobre o caso não foi concluído e, portanto, "não há fato novo, não há o que comentar", informou a assessoria de imprensa do secretário.

O deputado de oposição Marcelo Freixo (PSOL) reagiu no Twitter, classificando a decisão de vergonhosa. Na terça-feira, um dia antes do adiamento, Freixo acusara o secretário de "covarde". Lopes não quis comentar as declarações de Freixo. Dois dias após a tragédia, o secretário disse que o condutor do bonde, Nelson Correa da Silva - um dos mortos no acidente - deveria ter levado o veículo para a oficina. A orientação teria sido repassada ao motorneiro porque o bonde havia colidido com um ônibus pouco antes da tragédia. A declaração de Lopes revoltou parentes e amigos de Silva. Para eles, o secretário quis culpá-lo pelo acidente.

No início do mês, laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil concluiu que a tragédia foi provocada por um problema no sistema de freios do bonde, gerado por falta de manutenção. Os peritos encontraram resíduos de óleo e água no sistema de ar comprimido, responsável pelo acionamento dos freios. Segundo o laudo, tratava-se de uma evidência da falta de manutenção preventiva. Ficou provado no relatório que Silva tentou frear o bonde, mas o equipamento usado em situações emergência não funcionou. Testemunhas já haviam relatado no dia do acidente que o motorneiro tentara frear o bonde até o último momento. O laudo concluiu que muitas peças foram fabricadas de maneira artesanal. Após a tragédia, a circulação dos bondes de Santa Teresa foi suspensa pelo governo do Estado.

Na quarta-feira, Freixo voltou a comentar o caso pelo Twitter. "Hoje aprovamos uma homenagem ao motorneiro Nelson, herói em Santa Teresa. Viva Nelson! Fora Julio Lopes!", escreveu o deputado, que preside a comissão de Direitos Humanos da Alerj. Não há data definida para a nova convocação do secretário. A tragédia em Santa Teresa completou dois meses hoje.

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