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Denúncia sobre Cunha não prejudicaria Congresso, diz Cardozo

Ministro afirmou acreditar que uma eventual denúncia de Rodrigo Janot contra Eduardo Cunha não iria afetar as relações do governo com o Congresso

“Uma coisa é a necessidade que o país tem de estar junto, defendendo questões de interesse público para que superemos a crise", afirmou José Eduardo Cardozo (Valter Campanato/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 16h30.

Brasília - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, disse hoje (19) não acreditar que uma eventual apresentação de denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afete as relações do governo com o Congresso Nacional.

No mês passado, o peemedebista anunciou o rompimento político com o governo, após a divulgação do conteúdo da delação premiada do empresário Júlio Camargo, em acusou Cunha de ter recebido US$ 5 milhões em propina.

O presidente da Câmara é um dos políticos sobre os quais Janot, em março, pediu ao Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito por suspeitas de envolvimento na Operação Lava Jato.

Para Cardozo, é preciso separar o interesse público da apuração que vem sendo feita pelo Ministério Público Federal.

“Uma coisa é a necessidade que o país tem de estar junto, defendendo questões de interesse público para que superemos a crise. Outra coisa, é a questão de investigações e eventuais punições, que podem ser decidas sempre respeitando-se o direito de as pessoas se defenderem”, argumentou o ministro.

Em depoimento de delação premiada, o empresário Júlio Camargo, condenado a 14 anos de prisão em uma das ações penais decorrentes da Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro, disse que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina.

Cunha nega a acusação. “É mais um fato falso, até porque esse delator [Camargo], se ele está mentindo, desmentindo o que ele delatou, ele por si só perde o direito à delação”, disse após a divulgação do conteúdo da delação de Júlio Camargo.

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No mês passado, o peemedebista anunciou o rompimento político com o governo, após a divulgação do conteúdo da delação premiada do empresário Júlio Camargo, em acusou Cunha de ter recebido US$ 5 milhões em propina.

O presidente da Câmara é um dos políticos sobre os quais Janot, em março, pediu ao Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito por suspeitas de envolvimento na Operação Lava Jato.

Para Cardozo, é preciso separar o interesse público da apuração que vem sendo feita pelo Ministério Público Federal.

“Uma coisa é a necessidade que o país tem de estar junto, defendendo questões de interesse público para que superemos a crise. Outra coisa, é a questão de investigações e eventuais punições, que podem ser decidas sempre respeitando-se o direito de as pessoas se defenderem”, argumentou o ministro.

Em depoimento de delação premiada, o empresário Júlio Camargo, condenado a 14 anos de prisão em uma das ações penais decorrentes da Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro, disse que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina.

Cunha nega a acusação. “É mais um fato falso, até porque esse delator [Camargo], se ele está mentindo, desmentindo o que ele delatou, ele por si só perde o direito à delação”, disse após a divulgação do conteúdo da delação de Júlio Camargo.

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