Atraso para Copa é culpa da falta de mão de obra, dizem construtoras
Pesquisa da CNI mostra também que alto custo dos salários também dificulta a realização das obras para o evento
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2011 às 17h28.
São Paulo – A falta de mão de obra e o custo dos empregados do setor são apontados pelas construtoras como os principais entraves às obras para a Copa do Mundo de 2014. Segundo sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 71% das empresas da construção civil apontam as questões relacionadas à contratação de funcionários como o maior “gargalo” para o Mundial. Representantes dos trabalhadores confirmam a carência de pessoal, mas discordem que os salários causem problemas.
A pesquisa da CNI foi feita na primeira quinzena de julho e divulgada hoje (18). Na sondagem, foram ouvidas 411 empresas do setor da construção: 212 pequenas, 149 médias e 50 grandes.
A grande maioria das empresas (85%) acredita que a Copa terá impactos positivos para os negócios da construção no país. Muitas, contudo, apontam que alguns problemas podem reduzir esses benefícios.
“O nosso setor teve um crescimento muito forte e a mão de obra não acompanhou”, disse o gerente executivo de pesquisas da CNI, Renato Fonseca, sobre o problema das contrações. “Falta tudo. Pedreiros, serventes, engenheiros etc.”
Sondagens do setor da construção feitas periodicamente pela CNI já haviam revelado dificuldades das empresas em relação à mão de obra. Segundo Fonseca, porém, esse problema pode se agravar com o forte aumento da demanda por obras para o Mundial.
“Já tivemos casos de obras que atrasaram por falta de mão de obra qualificada”, completou Fonseca. “Está entrando um grande volume de obras, o que tende a agravar esse problema.”
As construtoras também reclamam da burocracia e do processo licitatório para as construções. Para 48% das empresas consultadas, esse problema está entre os maiores para a realização do torneio.
O terceiro maior entrave é o curto prazo para o término das obras. De todas as empresas ouvidas, 45% declararam que esse pode ser um problema para a Copa do Mundo do Brasil.
Segundo Fonseca, várias obras programadas já estão atrasadas e muitas melhorias no sistema de transporte das cidades-sede, previstas para o Mundial, ainda nem começaram a ser construídas. Por isso, acrescentou, a maior parte das construtoras ainda não sentiu os efeitos positivos do Mundial em suas atividades.
De acordo com a sondagem da CNI, apenas 18% das empresas que esperam impactos positivos com a Copa já perceberam algum efeito causado pela preparação para o Mundial. Outras 17% disseram que aguardam que esses efeitos comecem a ser percebidos ainda este ano. Já os 65% restantes disseram na sondagem que os benefícios devem ser sentidos só entre 2012 e 2014.
O presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom), Cláudio da Silva Gomes, confirmou que há falta de mão de obra no setor. Entretanto, disse que isso não é empecilho para a preparação do Brasil para o Mundial.
Gomes também discordou do argumento patronal em relação ao valor dos salários. Segundo ele, o custo da mão de obra do setor da construção acompanha a evolução salarial de outros ramos da economia nacional. Por isso, ele não acredita que isso seja problema para as construtoras do país nem para a Copa.
São Paulo – A falta de mão de obra e o custo dos empregados do setor são apontados pelas construtoras como os principais entraves às obras para a Copa do Mundo de 2014. Segundo sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 71% das empresas da construção civil apontam as questões relacionadas à contratação de funcionários como o maior “gargalo” para o Mundial. Representantes dos trabalhadores confirmam a carência de pessoal, mas discordem que os salários causem problemas.
A pesquisa da CNI foi feita na primeira quinzena de julho e divulgada hoje (18). Na sondagem, foram ouvidas 411 empresas do setor da construção: 212 pequenas, 149 médias e 50 grandes.
A grande maioria das empresas (85%) acredita que a Copa terá impactos positivos para os negócios da construção no país. Muitas, contudo, apontam que alguns problemas podem reduzir esses benefícios.
“O nosso setor teve um crescimento muito forte e a mão de obra não acompanhou”, disse o gerente executivo de pesquisas da CNI, Renato Fonseca, sobre o problema das contrações. “Falta tudo. Pedreiros, serventes, engenheiros etc.”
Sondagens do setor da construção feitas periodicamente pela CNI já haviam revelado dificuldades das empresas em relação à mão de obra. Segundo Fonseca, porém, esse problema pode se agravar com o forte aumento da demanda por obras para o Mundial.
“Já tivemos casos de obras que atrasaram por falta de mão de obra qualificada”, completou Fonseca. “Está entrando um grande volume de obras, o que tende a agravar esse problema.”
As construtoras também reclamam da burocracia e do processo licitatório para as construções. Para 48% das empresas consultadas, esse problema está entre os maiores para a realização do torneio.
O terceiro maior entrave é o curto prazo para o término das obras. De todas as empresas ouvidas, 45% declararam que esse pode ser um problema para a Copa do Mundo do Brasil.
Segundo Fonseca, várias obras programadas já estão atrasadas e muitas melhorias no sistema de transporte das cidades-sede, previstas para o Mundial, ainda nem começaram a ser construídas. Por isso, acrescentou, a maior parte das construtoras ainda não sentiu os efeitos positivos do Mundial em suas atividades.
De acordo com a sondagem da CNI, apenas 18% das empresas que esperam impactos positivos com a Copa já perceberam algum efeito causado pela preparação para o Mundial. Outras 17% disseram que aguardam que esses efeitos comecem a ser percebidos ainda este ano. Já os 65% restantes disseram na sondagem que os benefícios devem ser sentidos só entre 2012 e 2014.
O presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom), Cláudio da Silva Gomes, confirmou que há falta de mão de obra no setor. Entretanto, disse que isso não é empecilho para a preparação do Brasil para o Mundial.
Gomes também discordou do argumento patronal em relação ao valor dos salários. Segundo ele, o custo da mão de obra do setor da construção acompanha a evolução salarial de outros ramos da economia nacional. Por isso, ele não acredita que isso seja problema para as construtoras do país nem para a Copa.