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DEM protocola pedido de refúgio de médica cubana

Com isso, Ramona tem direito de morar provisoriamente e de circular livremente no Brasil até que a análise do pedido seja concluída e o comitê informe a decisão

Deputado Ronaldo Caiado: Caiado, que participou do encontro para a entrega do pedido de refúgio, defendeu que Ramona continue ligada ao Programa Mais Médicos (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 20h55.

O líder do Democratas ( DEM ) na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), informou ter protocolado hoje (5), no Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, o pedido de refúgio da médica cubana Ramona Matos Rodrigues.

Com isso, Ramona tem direito de morar provisoriamente e de circular livremente no Brasil até que a análise do pedido seja concluída e o comitê informe a decisão. Entidades médicas que estiveram na liderança do partido ofereceram emprego a ela.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que participou do encontro com o presidente do Conare, Paulo Abrão, para a entrega do pedido de refúgio, defendeu que Ramona continue ligada ao Programa Mais Médicos . Segundo ele, a médica recebia apenas 10% do que era pago pelo governo brasileiro.

“Vamos acompanhar o momento em que será julgado pelo Conare. Esperamos o bom senso e o equilíbrio do governo e que dê a Ramona a oportunidade de ser reconhecida como refugiada em território brasileiro”, disse Caiado. Segundo ele, um dos diretores da Federação Nacional dos Médicos (Fenan) ofereceu a própria casa para que a médica cubana se hospede por enquanto.

A médica, que dormiu a última noite no gabinete da liderança do DEM na Câmara, disse que não tem planos ainda e que pretende descansar. Ramona agradeceu o apoio recebido e contou estar se “sentindo como uma pessoa livre” agora.

Ela veio para o Brasil para trabalhar no Mais Médicos, em Pacajá (PA). Segundo Ramona, o contrato em que assinou prevê pagamento de US$ 400 (pouco mais de R$ 900).

Outra parcela de US$ 600 seria depositada em uma conta em Cuba. “Fui enganada pelo governo de Cuba. Fizeram-me assinar um contrato com um valor e quando vim para cá e falei com outros médicos colombianos e venezuelanos soube que eles estavam recebendo R$ 10 mil”, contou, em entrevista à imprensa mais cedo.

Em encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Caiado informou que ele e o líder do partido solicitaram investigação para saber se houve perseguição por parte da Polícia Federal ou estadual a Ramona ou grampo ilegal. “O ministro ficou de fazer um levantamento. Solicitou à corregedoria que levantasse esses dados e nós estamos aguardando para saber se houve de fato uma interceptação por parte da Polícia Federal ou pela polícia estadual”, disse. A médica disse ter sido vigiada pela Polícia Federal.

Mais cedo, Cardozo disse que o pedido de refúgio só poderia ocorrer se a médica fosse desligada do Mais Médicos. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou no fim do dia que o governo brasileiro já iniciou o processo de desligamento da cubana Ramona Matos Rodriguez do programa.

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O líder do Democratas ( DEM ) na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), informou ter protocolado hoje (5), no Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, o pedido de refúgio da médica cubana Ramona Matos Rodrigues.

Com isso, Ramona tem direito de morar provisoriamente e de circular livremente no Brasil até que a análise do pedido seja concluída e o comitê informe a decisão. Entidades médicas que estiveram na liderança do partido ofereceram emprego a ela.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que participou do encontro com o presidente do Conare, Paulo Abrão, para a entrega do pedido de refúgio, defendeu que Ramona continue ligada ao Programa Mais Médicos . Segundo ele, a médica recebia apenas 10% do que era pago pelo governo brasileiro.

“Vamos acompanhar o momento em que será julgado pelo Conare. Esperamos o bom senso e o equilíbrio do governo e que dê a Ramona a oportunidade de ser reconhecida como refugiada em território brasileiro”, disse Caiado. Segundo ele, um dos diretores da Federação Nacional dos Médicos (Fenan) ofereceu a própria casa para que a médica cubana se hospede por enquanto.

A médica, que dormiu a última noite no gabinete da liderança do DEM na Câmara, disse que não tem planos ainda e que pretende descansar. Ramona agradeceu o apoio recebido e contou estar se “sentindo como uma pessoa livre” agora.

Ela veio para o Brasil para trabalhar no Mais Médicos, em Pacajá (PA). Segundo Ramona, o contrato em que assinou prevê pagamento de US$ 400 (pouco mais de R$ 900).

Outra parcela de US$ 600 seria depositada em uma conta em Cuba. “Fui enganada pelo governo de Cuba. Fizeram-me assinar um contrato com um valor e quando vim para cá e falei com outros médicos colombianos e venezuelanos soube que eles estavam recebendo R$ 10 mil”, contou, em entrevista à imprensa mais cedo.

Em encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Caiado informou que ele e o líder do partido solicitaram investigação para saber se houve perseguição por parte da Polícia Federal ou estadual a Ramona ou grampo ilegal. “O ministro ficou de fazer um levantamento. Solicitou à corregedoria que levantasse esses dados e nós estamos aguardando para saber se houve de fato uma interceptação por parte da Polícia Federal ou pela polícia estadual”, disse. A médica disse ter sido vigiada pela Polícia Federal.

Mais cedo, Cardozo disse que o pedido de refúgio só poderia ocorrer se a médica fosse desligada do Mais Médicos. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou no fim do dia que o governo brasileiro já iniciou o processo de desligamento da cubana Ramona Matos Rodriguez do programa.

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