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Deltan e Boulos estão no topo da arrecadação com vaquinhas virtuais

Segundo dados pesquisados nas principais plataformas, a lista é encabeçada pelo pré-candidato a deputado federal Chiquinho Assis (Republicanos-MS), que já alcançou R$ 344 mil desde maio

Eleições: segundo modelos de sites ofertados pela plataforma, os pré-candidatos podem publicar vídeos, apresentar propostas e estipular valores mínimos para as doações. Mas todas, sem exceção, aceitam Pix (ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/LUCAS LACAZ RUIZ/Estadão Conteúdo)

Eleições: segundo modelos de sites ofertados pela plataforma, os pré-candidatos podem publicar vídeos, apresentar propostas e estipular valores mínimos para as doações. Mas todas, sem exceção, aceitam Pix (ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/LUCAS LACAZ RUIZ/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 18h44.

Última atualização em 8 de agosto de 2022 às 18h57.

A praticamente uma semana do início oficial da campanha eleitoral, políticos regionais, novatos e figuras conhecidas no cenário nacional lideram o ranking dos políticos que mais arrecadaram em vaquinhas virtuais. Segundo dados pesquisados nas principais plataformas, a lista é encabeçada pelo pré-candidato a deputado federal Chiquinho Assis (Republicanos-MS), que já alcançou R$ 344 mil desde maio.

O ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), da Lava-Jato, é o segundo pré-candidato à Câmara dos Deputados mais bem-sucedido entre os que aderiram ao financiamento coletivo — R$ 229 mil até agora.

Os pré-candidatos do Novo a governos estaduais Paulo Ganime (RJ) e Vinícius Poit (SP) também estão arrecadando alto. Candidato a deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL-SP) já arrecadou mais de R$ 138 mil.

Segundo modelos de sites ofertados pelas plataforma, os pré-candidatos podem publicar vídeos, apresentar propostas e estipular valores mínimos para as doações. Mas todas, sem exceção, aceitam Pix.

O formato responde por até 85% das doações de acordo com a plataforma usada para o financiamento coletivo. Além das facilidades conhecidas do sistema para transferências e pagamentos comuns — acesso a qualquer hora e qualquer lugar —, a ferramenta como meio de doação ainda amplia o valor líquido repassado a partidos e pré-candidatos por não cobrar taxas, diferentemente do cartão de crédito e do boleto.

De olho no potencial de alcance do modelo, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, definiu o Pix como sistema exclusivo de arrecadação para a campanha de reeleição por meio de seu site. Em um vídeo divulgado pela legenda semana passada, Bolsonaro pede recursos para que a sigla cresça cada vez mais. "Não interessa quanto você possa doar, mas que venha do coração para o bem do nosso Brasil", diz. Ao lado de sua imagem, aparece na tela um QR Code para doação imediata via Pix.

Segundo o Estadão apurou, o formato pode render R$ 4 a mais para o candidato por doação. Se o valor escolhido pelo apoiador for de R$ 20, por exemplo, o repasse final será de R$ 19,40. Com o boleto, esse valor seria de R$ 15,40 e com o cartão, de R$ 18,90. As diferenças são explicadas pelas taxas operacionais, financeiras e administrativas cobradas pelas plataformas autorizadas a oferecer o serviço virtual.

Permitido desde as eleições gerais de 2018, o instrumento se popularizou no Brasil com o aumento dos sites aptos a receber doações pela internet. Nestas eleições, antes mesmo do início da campanha, já são 18 as empresas com cadastro deferido pelo TSE e outras 18 as que aguardam a liberação do órgão. A expectativa dos operadores é que o Pix faça o sistema crescer mais nesta eleição ajudando a quebrar a resistência dos brasileiros à doação eleitoral.

Em 2020, então candidato à prefeitura de São Paulo, Boulos arrecadou R$ 2,5 milhões — ou 33% do total usado na campanha — por meio de uma vaquinha virtual. É um case considerado de grande sucesso.

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