Material apreendido com acusados de integrar a quadrilha que vendia ingressos da Copa (Polícia Civil do Rio de Janeiro)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2014 às 12h20.
Rio - O delegado responsável pela investigação na Operação Jules Rimet, Fábio Barucke, informou que vai terminar e entregar ainda nesta terça-feira o inquérito que apura o milionário esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo.
O titular da 18a DP (Praça da Bandeira) afirmou ainda que vai pedir a prisão preventiva do CEO da Match, Ray Whelan, que na madrugada desta terça-feira foi solto da delegacia mediante pagamento de fiança.
Barucke disse que vai pedir pelas preventivas de Whelan e dos outros onze presos na operação Jules Rimet, entre eles o franco-argelino Lamine Fofana, apontado como líder da quadrilha - o inglês da Match seria o principal fornecedor do grupo. Todos foram detidos com base em pedidos de prisão temporária.
O depoimento de Whelan estava marcado para a manhã desta terça, mas ele não compareceu e, na opinião do delegado, agora só deve falar em Juízo - se optar por falar, claro, já que tem o direito de permanecer calado.
Assim como já havia feito mais cedo o promotor que também investiga o caso, Marcos Kac, o delegado se mostrou consternado com a decisão da Justiça.
"A soltura faz parte do processo democrático, mas a Justiça não analisou os autos. Agora, vou encaminhar o inquérito, tenho até hoje para fazer isso, e a Justiça poderá analisar todas as provas". O delegado confirmou que Whelan será indiciado por dois crimes: por associação criminosa e pelo artigo 41-G do Estatuto do Torcedor.