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Delegado nega irregularidade em quebras de sigilo telefônico

O juiz Sérgio Moro deu prazo para o delegado Márcio Anselmo entregar os e-mails que trocou com as autoridades (de Brasília e do Canadá)

Lava Jato: Márcio Anselmo é principal delegado responsável por interceptações telefônicas e telemáticas (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 15h42.

São Paulo e Curitiba - O delegado da Polícia Federal Márcio Anselmo, um dos investigadores da Operação Lava Jato , negou irregularidades em quebras de sigilo telefônicos e telemáticos realizadas em alvos do esquema de corrupção e propina na Petrobras , em depoimento à Justiça Federal, nesta segunda-feira, 2.

O juiz federal Sérgio Moro requisitou que a Polícia Federal que apresente cópias dos materiais referentes ao monitoramento dos aparelhos blackberry de alguns dos alvos, entre eles o doleiro Alberto Youssef, em dez dias.

Anselmo é o principal delegado responsável pelas interceptações telefônicas e telemáticas da Lava Jato.

Segundo ele, as medidas foram tomadas com autorização judicial, por intermédio da PF em Brasília, como é feita em toda interceptação do tipo.

Moro questionou o delegado se em algum momento ele recebeu reclamação de autoridade estrangeira ou mesmo do Ministério das Relações Exteriores por conta dessas interceptações. "Não, nunca."

A defesa de alguns empreiteiros alega que a Lava Jato fez "ponte direta" com a direção geral da Polícia Federal, em Brasília, e com a operadora RIM, do Canadá, para monitoramento de conteúdo do blackberry utilizado por investigados.

A defesa argumenta que, sem passar pelo crivo da Justiça, a Lava Jato não podia ter feito esse contato direto.

O juiz Sérgio Moro deu prazo para o delegado Anselmo entregar os e-mails que trocou com as autoridades (de Brasília e do Canadá).

Anselmo explicou que a Lava Jato obteve dois tipos de dados referentes aos monitoramentos de trocas de mensagens por blackberry.

"Mensagens interceptadas e depois mensagens extraídas dos celulares apreendidos no dia 17 de março (de 2014)", afirmou.

Delação

No início do depoimento do delegado, o advogado de Ricardo Pessoa, apontado como "presidente do clube" de empreiteiras que cartelizavam as licitações na Petrobras, alertou Moro sobre as tratativas do acordo de delação do executivo com o MPF.

Ele disse que o delegado participou do encontro em que foram tratados assuntos referentes a ação contra a Camargo Corrêa e a UTC. Com isso, o juiz proibiu o delegado de tratar do assunto em seu depoimento.

"O fato é que ele não pode depor sobre fatos ouvidos naquela audiência, fatos que atinam com o presente processo. Por isso a impugnação que se faz da sua oitiva nesta audiência", solicitou o advogado, que foi atendido pelo juiz Sérgio Moro.

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O juiz federal Sérgio Moro requisitou que a Polícia Federal que apresente cópias dos materiais referentes ao monitoramento dos aparelhos blackberry de alguns dos alvos, entre eles o doleiro Alberto Youssef, em dez dias.

Anselmo é o principal delegado responsável pelas interceptações telefônicas e telemáticas da Lava Jato.

Segundo ele, as medidas foram tomadas com autorização judicial, por intermédio da PF em Brasília, como é feita em toda interceptação do tipo.

Moro questionou o delegado se em algum momento ele recebeu reclamação de autoridade estrangeira ou mesmo do Ministério das Relações Exteriores por conta dessas interceptações. "Não, nunca."

A defesa de alguns empreiteiros alega que a Lava Jato fez "ponte direta" com a direção geral da Polícia Federal, em Brasília, e com a operadora RIM, do Canadá, para monitoramento de conteúdo do blackberry utilizado por investigados.

A defesa argumenta que, sem passar pelo crivo da Justiça, a Lava Jato não podia ter feito esse contato direto.

O juiz Sérgio Moro deu prazo para o delegado Anselmo entregar os e-mails que trocou com as autoridades (de Brasília e do Canadá).

Anselmo explicou que a Lava Jato obteve dois tipos de dados referentes aos monitoramentos de trocas de mensagens por blackberry.

"Mensagens interceptadas e depois mensagens extraídas dos celulares apreendidos no dia 17 de março (de 2014)", afirmou.

Delação

No início do depoimento do delegado, o advogado de Ricardo Pessoa, apontado como "presidente do clube" de empreiteiras que cartelizavam as licitações na Petrobras, alertou Moro sobre as tratativas do acordo de delação do executivo com o MPF.

Ele disse que o delegado participou do encontro em que foram tratados assuntos referentes a ação contra a Camargo Corrêa e a UTC. Com isso, o juiz proibiu o delegado de tratar do assunto em seu depoimento.

"O fato é que ele não pode depor sobre fatos ouvidos naquela audiência, fatos que atinam com o presente processo. Por isso a impugnação que se faz da sua oitiva nesta audiência", solicitou o advogado, que foi atendido pelo juiz Sérgio Moro.

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