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Déficit previdenciário deve fechar 2010 em R$ 43 bilhões, diz Gabas

Valor é 3,6% menor do que nos dez primeiros meses de 2009 (R$ 44,254 bilhões)

Com o resultado de outubro, a Previdência Social acumula no ano um déficit de R$ 42,678 bilhões (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Com o resultado de outubro, a Previdência Social acumula no ano um déficit de R$ 42,678 bilhões (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2010 às 19h52.

Brasília - O crescimento econômico e os sucessivos recordes na formalização do emprego no País fizeram com que o déficit da Previdência Social tivesse, em outubro, uma redução de 25,7% em relação ao mesmo período de 2009. No mês passado, o rombo na previdência totalizou R$ 2,172 bilhões. Esse número corresponde a diferença entre a arrecadação de R$ 17,563 bilhões e a despesa de R$ 19,736 bilhões.

"Mais uma vez o crescimento da arrecadação é previsível, baseado no mercado de trabalho. A economia cura qualquer mal, principalmente a falta de dinheiro", afirmou o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas.

Com o resultado de outubro, a Previdência Social acumula no ano um déficit de R$ 42,678 bilhões, valor 3,6% menor do que nos dez primeiros meses de 2009 (R$ 44,254 bilhões). A previsão de Gabas é de que o rombo feche o ano na casa dos R$ 43 bilhões.

Censo

O ministro aproveitou ainda para comentar os números do censo de 2010, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram o Brasil contava com uma população de 190.732.694 de pessoas em 1º de agosto.

Segundo Gabas, os dados do IBGE preocupam e reforçam a necessidade de que sejam criadas políticas públicas voltadas para a população mais velha. Ele ressaltou que a expectativa era de que a mulher tivesse 1,8 filho em 2020. Mas esse número foi atingido bem antes, em 2008.

"Não acho que precisamos fazer uma reforma em caráter de urgência. Não penso que ou se faz uma reforma ou o sistema está falido", destacou o ministro. Gabas destacou ainda que em algum momento, devido ao aumento da expectativa de vida da população, terá que ser discutido a possibilidade de fazer com que as pessoas fiquem mais tempo no mercado de trabalho. Atualmente, os brasileiros se aposentam aos 52 anos. "É uma discussão que temos que fazer para o futuro", frisou o ministro.

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