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Déficit na segurança do Rio é de R$ 3,1 bi, diz interventor

Os dados do general foram repassados a 24 parlamentares, entre eles deputados federais que integram a comissão externa que acompanha a intervenção

Braga Netto: ministro anunciou no domingo um crédito extraordinário para a área da segurança do Rio de cerca de R$ 1 bi (Pilar Olivares/Reuters)

Braga Netto: ministro anunciou no domingo um crédito extraordinário para a área da segurança do Rio de cerca de R$ 1 bi (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de março de 2018 às 18h48.

Rio de Janeiro - O interventor da segurança no Rio, general Braga Netto, informou que há um déficit de R$ 3,1 bilhões na área de Segurança no Estado. O setor teria um passivo (dívidas) de R$ 1,6 bilhão em gastos feitos em anos anteriores, ainda à espera de pagamento, e cerca de R$ 1, 5 bilhão em ações previstas deste ano.

Os dados do general foram repassados a 24 parlamentares, entre eles deputados federais que integram a comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha a execução da intervenção.

O grupo se reuniu com o general, nesta segunda-feira, 19, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Rio. O deputado Hugo Leal (PSB/RJ), coordenador da comissão, disse que só o passivo na área de pessoal na Polícia Militar está em torno de R$ 700 milhões.

"Esse é um assunto que cabe a nós, como legisladores federais, a discussão, a pressão, por parte do governo federal para que se possa disponibilizar recursos necessários à intervenção e investimentos", disse.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB), que também integra o grupo, disse que ficou "muito impressionado com ausência total de recursos para a realização da intervenção".

Neste domingo, 18, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou que o governo federal abriria um crédito extraordinário para a área da segurança pública do Rio de cerca de R$ 1 bilhão. O aporte financeiro federal para execução das ações da intervenção no Estado deverá chegar mais de um mês após o decreto, de 16 de fevereiro.

"O interventor deixou claro que a necessidade para este ano é pagar os atrasados e, para fazer frente às necessidades até o final do ano, o gasto é da ordem de R$ 3 bilhões, o que faz com que esse anúncio de R$ 1 bilhão feito pelo governo seja totalmente insuficiente. Isso prova que se trata de uma iniciativa improvisada pelo governo federal e que está obrigando oficiais das Forças Armadas a se desdobrarem em medidas necessárias para tentar alcançar o bom êxito", disse Molon.

Depois do encontro, Braga Netto se reuniu com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), para buscar saídas para a liberação de recursos para a segurança.

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