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Déficit de 4,7 mil professores não é verdade, diz Haddad

Além de negar o déficit, o triplo do início do seu mandato, Haddad comparou o ensino municipal com o estadual, criticado pelo prefeito


	SP: além de negar o déficit, o triplo do início do seu mandato, Haddad comparou o ensino municipal com o estadual, criticado pelo prefeito
 (Wilson Dias/ABr)

SP: além de negar o déficit, o triplo do início do seu mandato, Haddad comparou o ensino municipal com o estadual, criticado pelo prefeito (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 13h25.

São Paulo - O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira, 26, que o déficit de 4,7 mil professores na rede pública municipal de ensino da capital paulista, "não é verdade", ao contrário do que foi apontado por reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Além de negar o déficit, o triplo do início do seu mandato, Haddad comparou o ensino municipal com o estadual, criticado pelo prefeito.

"Não tenho conhecimento de déficit porque estamos chamando (professores) todos os anos. Estamos abrindo escola e eles (governo estadual) estão fechando, contratando professor enquanto eles têm provisório", afirmou.

"Não conheço uma mãe que em sã consciência prefira matricular criança em escola estadual", emendou o prefeito durante sabatina realizada pelo portal UOL, o jornal Folha de S.Paulo e o SBT.

Ainda sobre educação, Haddad disse que criará 100 mil vagas em educação infantil no seu mandato de janeiro de 2011 ao final deste ano e afirmou, ainda, ter acabado com a aprovação automática de alunos.

O prefeito admitiu que sua baixa popularidade possa ter algum "grau de contaminação" da impopularidade do PT, seu partido, mas que, no entanto, aposta na reversão no quadro eleitoral e na reeleição quando puder mostrar realizações do mandato durante a campanha.

"O eleitor vai se deparar com projeto de cidade. Foram 400 km de faixas exclusivas para ônibus, três hospitais construídos simultaneamente, duas creches por semana, R$ 17 bilhões de investimentos, um recorde", afirmou o prefeito.

"Trouxe a dívida da cidade de R$ 70 bilhões para R$ 30 bilhões e ainda recuperei R$ 600 milhões em dinheiro desviado em administrações anteriores".

Haddad defendeu também medidas polêmicas tomadas durante sua gestão, como a construção de ciclovias e a redução do limite de velocidade máxima nas marginais do Tietê e de Pinheiros, de 90 km/h para 70 km/h nas pistas expressas, e de 70 km/h para 50 km/h nas locais.

Sobre as ciclovias, o prefeito admitiu que a mudança de cultura é difícil, mas que o investimento é pequeno nesse modal de transporte.

"Com as ciclovias, São Paulo cresceu 66% o número de ciclistas e reduziu em 34% mortes de ciclistas. Se há falhas pontuais, devem haver, mas muitos prefeitos preferem não fazer porque há uma série de outros problemas que surgem, como a falta de bicicletários", afirmou.

"Se não tem bicicletário, vamos buscar. Mas não podemos perder a oportunidade de ir atrás da transformação".

Já sobre a redução da velocidade das marginais, Haddad rebateu as críticas do adversário João Doria (PSDB) de que a queda no número de mortos no trânsito paulistano ocorreu por conta da crise econômica e não por causa da medida tomada durante seu mandato.

"No Brasil morrem 24 pessoas por 100 mil habitantes, no Estado de São Paulo 17 por 100 mil e na cidade de São Paulo 8 por 100 mil. Foram 9 mil feridos a menos no trânsito no ano passado. A crise não explica isso", disse.

"São Paulo caiu de 7ª cidade mais congestionada para 58ª. Se fosse a crise, o Rio de Janeiro não teria caído de 3ª para 4ª. O fluxo melhora quando reduz a velocidade", concluiu o prefeito.

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