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Defesa diz que Temer "quer dar resposta ao país"

O presidente quer que o processo no STF siga o curso normal e que fique comprovada sua inocência

Michel Temer: o presidente encomendou uma perícia particular do áudio (Agência Brasil/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2017 às 17h22.

Brasília - O advogado Gustavo Guedes afirmou nesta segunda-feira, 22, que a defesa do presidente Michel Temer entrou com um novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o inquérito contra o peemedebista não seja mais suspenso.

A declaração foi dada após um encontro com o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.

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Segundo Guedes, a defesa se sentiu atendida com o deferimento do pedido para que fosse realizada uma perícia no áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS.

"Eu vim dizer (a Fachin) que, diante desse deferimento, não víamos mais a necessidade de suspender o processo e que o presidente quer que esse assunto seja resolvido o mais rápido possível", disse.

Segundo ele, Temer quer que o processo siga o curso normal e que fique comprovada a inocência do peemedebista.

"O presidente quer dar essa resposta ao país o mais rapidamente possível", disse.

Perícia

Guedes afirmou ainda que a equipe que defende Temer no caso encomendou uma perícia particular do áudio e que foram constatados cerca de 70 pontos de "obscuridade" na gravação.

O resultado completo dessa nova análise técnica vai ser apresentado às 18h desta segunda-feira, 22. "Na nossa avaliação, já não há dúvida, há convicção de que este áudio é imprestável", disse.

Estratégia

O novo pedido protocolado no STF muda a estratégia de defesa de Temer, que na semana passada pediu para que o inquérito fosse suspenso.

Inicialmente, o julgamento dessa questão de ordem estava marcado para a próxima quarta-feira, 24, mas nesta segunda a presidente da Corte, Cármen Lúcia, afirmou que o pedido do peemedebista só seria levado a plenário após a conclusão da perícia no áudio gravado pelo empresário da JBS.

O julgamento de quarta era esperado com ansiedade pela classe política.

A base aliada de Temer aguardava o resultado e o posicionamento dos ministros para decidir se permanecia ou não ao lado do peemedebista.

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