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Defesa de José Dirceu prepara recurso ao STJ

O ex-ministro foi preso em caráter preventivo segunda-feira, 03, pela Operação Pixuleco, 17.º capítulo da Operação Lava Jato

José Dirceu deixa Brasília para embarcar para PF Curitiba: ele foi preso em Brasília, onde já cumpria prisão em regime domiciliar como condenado do Mensalão por corrupção ativa (Marcello Casal/ Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 16h30.

São Paulo e Curitiba - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu 'está tranquilo' na cela da Polícia Federal, em Curitiba, base da Operação Lava Jato .

A informação é do advogado Roberto Podval, criminalista que defende Dirceu. "Outros advogados (do escritório) estiveram com o Zé e relataram que ele está bem."

O ex-ministro foi preso em caráter preventivo segunda-feira, 03, pela Operação Pixuleco, 17.º capítulo da Lava Jato. Ele foi preso em Brasília, onde já cumpria prisão em regime domiciliar como condenado do Mensalão por corrupção ativa. Nesta terça-feira, 04, Dirceu foi removido para a PF em Curitiba.

Sua primeira noite na prisão federal foi em uma cela com dois homens acusados de contrabando. "Zé está bem, ele é uma pessoa tranquila", declarou Podval.

A defesa tem prazo até sexta-feira para apelar, mas já nesta quinta-feira, 06, vai ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) com um Recurso Ordinário Constitucional (ROC), por meio do qual planeja levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O TRF4 fica em Porto Alegre e mantém jurisdição em Curitiba. Em junho e julho, acuado pela Lava Jato, Dirceu entrou com pedido de habeas corpus preventivo perante a Corte.

O defensor alegou 'iminente risco de prisão' do ex-ministro. Mas o tribunal rejeitou a medida. Agora, Roberto Podval vai entrar com o recurso constitucional no TRF4 para que os autos sejam deslocados para o STJ.

Na Corte superior, a defesa vai pedir revogação da ordem de prisão preventiva dada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações penais da Lava Jato.

No STJ a Lava Jato tem como relator o ministro Newton Trisotto - desembargador estadual convocado. Recentemente, ao negar seguimento a um habeas corpus em favor de um réu da Lava Jato, Trisotto alertou.

"Nos últimos vinte anos, nenhum fato relacionado à corrupção e à improbidade administrativa, nem mesmo o famigerado 'mensalão', causou tanta indignação, tanta repercussão danosa e prejudicial ao meio social quanto estes sob investigação na Operação Lava Jato, investigação que a cada dia revela novos escândalos."

Para Podval, a jurisprudência da Corte superior é pacífica. "O argumento para o pedido de revogação da prisão preventiva é a falta de necessidade da medida. O próprio STJ é taxativo no sentido de que o clamor público não é justificativa para prisão preventiva de ninguém."

O criminalista elogiou 'a postura da Polícia Federal'. "Desde o momento da prisão até agora a Polícia Federal tem sido absolutamente impecável. É óbvio que ninguém gosta de prisão, mas Zé Dirceu e sua defesa têm sido tratados com dignidade. Todos têm sido atenciosos conosco, independentemente das imputações atribuídas ao ex-ministro, as quais não reconhecemos em hipótese alguma. Zé Dirceu não recebeu propinas."

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São Paulo e Curitiba - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu 'está tranquilo' na cela da Polícia Federal, em Curitiba, base da Operação Lava Jato .

A informação é do advogado Roberto Podval, criminalista que defende Dirceu. "Outros advogados (do escritório) estiveram com o Zé e relataram que ele está bem."

O ex-ministro foi preso em caráter preventivo segunda-feira, 03, pela Operação Pixuleco, 17.º capítulo da Lava Jato. Ele foi preso em Brasília, onde já cumpria prisão em regime domiciliar como condenado do Mensalão por corrupção ativa. Nesta terça-feira, 04, Dirceu foi removido para a PF em Curitiba.

Sua primeira noite na prisão federal foi em uma cela com dois homens acusados de contrabando. "Zé está bem, ele é uma pessoa tranquila", declarou Podval.

A defesa tem prazo até sexta-feira para apelar, mas já nesta quinta-feira, 06, vai ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) com um Recurso Ordinário Constitucional (ROC), por meio do qual planeja levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O TRF4 fica em Porto Alegre e mantém jurisdição em Curitiba. Em junho e julho, acuado pela Lava Jato, Dirceu entrou com pedido de habeas corpus preventivo perante a Corte.

O defensor alegou 'iminente risco de prisão' do ex-ministro. Mas o tribunal rejeitou a medida. Agora, Roberto Podval vai entrar com o recurso constitucional no TRF4 para que os autos sejam deslocados para o STJ.

Na Corte superior, a defesa vai pedir revogação da ordem de prisão preventiva dada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações penais da Lava Jato.

No STJ a Lava Jato tem como relator o ministro Newton Trisotto - desembargador estadual convocado. Recentemente, ao negar seguimento a um habeas corpus em favor de um réu da Lava Jato, Trisotto alertou.

"Nos últimos vinte anos, nenhum fato relacionado à corrupção e à improbidade administrativa, nem mesmo o famigerado 'mensalão', causou tanta indignação, tanta repercussão danosa e prejudicial ao meio social quanto estes sob investigação na Operação Lava Jato, investigação que a cada dia revela novos escândalos."

Para Podval, a jurisprudência da Corte superior é pacífica. "O argumento para o pedido de revogação da prisão preventiva é a falta de necessidade da medida. O próprio STJ é taxativo no sentido de que o clamor público não é justificativa para prisão preventiva de ninguém."

O criminalista elogiou 'a postura da Polícia Federal'. "Desde o momento da prisão até agora a Polícia Federal tem sido absolutamente impecável. É óbvio que ninguém gosta de prisão, mas Zé Dirceu e sua defesa têm sido tratados com dignidade. Todos têm sido atenciosos conosco, independentemente das imputações atribuídas ao ex-ministro, as quais não reconhecemos em hipótese alguma. Zé Dirceu não recebeu propinas."

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