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Defensores públicos mantidos como reféns em rebelião são liberados

Defensoria Pública lamentou que rebelião tenha deixado cerca de 30 detentos feridos e ressaltou que poderá alterar a atuação nos estabelecimentos prisionais

Prisões: ontem, na penitenciária de Lucélia, os presos fizeram três defensores reféns e começaram a quebrar as portas dos pavilhões a fim de liberar os demais detentos (Richard Bouhet/AFP)

Prisões: ontem, na penitenciária de Lucélia, os presos fizeram três defensores reféns e começaram a quebrar as portas dos pavilhões a fim de liberar os demais detentos (Richard Bouhet/AFP)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de abril de 2018 às 17h25.

Os três defensores públicos que estavam sendo mantidos como reféns em uma rebelião na penitenciária de Lucélia (SP) foram liberados hoje (27) no final da manhã depois de mais de 20 horas de negociação.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o primeiro refém foi solto às 10h; o segundo, às 11h20 e o último, às 12h.

Em nota, a Defensoria Pública lamentou que a rebelião tenha deixado cerca de 30 detentos feridos e ressaltou que poderá alterar a atuação nos estabelecimentos prisionais.

"A Defensoria Pública está apurando as exatas circunstâncias do ocorrido, junto aos defensores públicos que ali atuaram e à administração penitenciária. A gravidade do episódio será levada em conta, com a seriedade devida, para que a Defensoria possa aperfeiçoar as balizas e protocolos de sua atuação nos estabelecimentos prisionais".

O Ministério dos Direitos Humanos informou que mobilizou a Secretaria Nacional de Cidadania e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para atuar no caso. Segundo a pasta, a ouvidoria registrou, ao menos, 20 denúncias sobre a rebelião nas últimas 24 horas. As informações serão repassadas às autoridades locais.

Ontem, por volta das 14h, durante o banho de sol dos detentos, os defensores entraram nos pavilhões 3 e 4 para fazer uma inspeção das condições do local. Após vinte minutos, os presos fizeram três defensores reféns e começaram a quebrar as portas dos pavilhões a fim de liberar os demais detentos. Assim que o motim teve início, todos os agentes penitenciários foram retirados do interior da unidade.

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