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Defensor diz que réus do Carandiru serão absolvidos

"Se não houve exame balístico não tem como provar quem atirou em quem. Isso é um absurdo", afirmou advogado que defende policiais que serão julgados


	Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru: massacre aconteceu em outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos durante operação policial para reprimir rebelião no pavilhão
 (Antonio Milena / VEJA)

Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru: massacre aconteceu em outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos durante operação policial para reprimir rebelião no pavilhão (Antonio Milena / VEJA)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 15h26.

São Paulo - Na entrada do no Fórum Criminal da Barra Funda, o advogado Celso Machado Vendramini, que defende os 15 policiais que serão julgados pela morte de oito detentos na antiga Casa de Detenção do Carandiru, disse estar tranquilo e certo de que os réus serão absolvidos por negativa de autoria.

"Se não houve exame balístico não tem como provar quem atirou em quem. Isso é um absurdo", afirmou. A mesma tese foi usada, e derrotada, nos primeiros dois julgamentos.

De acordo com Vendramini, antes da entrada dos agentes já havia cerca de 20 mortos.

"Estava escuro. Os presos atiravam neles e eles revidavam os tiros em direções aos clarões que viam. Nem eles (policiais), sabem se acertaram alguém".

O massacre do Carandiru aconteceu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos durante uma operação policial para reprimir uma rebelião no pavilhão 9 do antigo presídio.

A terceira etapa do julgamento do Massacre do Carandiru começou na manhã desta segunda-feira, 17. A quarta e última etapa do julgamento está prevista para o dia 17 de março.

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