Ato contra o projeto de terceirização (Tomaz Silva/Agência Brasil/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2015 às 16h58.
Brasília - Em meio à queda de braço entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolvendo o projeto de terceirização da mão de obra no País, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, pediu nesta sexta-feira, 24, que o texto não seja discutido de forma "açodada" no Senado.
Para o ministro, o projeto que foi aprovado na Câmara precisa ser mudado para evitar ações judiciais.
"Da forma como foi aprovado na Câmara, não representa segurança nem para o trabalhador, nem para as empresas", disse o ministro à reportagem, após almoço no Itamaraty em homenagem à presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye.
Nesta quinta-feira, 23, o presidente do Senado sinalizou que poderia engavetar o projeto. Renan não concorda com o texto abrangente aprovado pelos deputados. "Se eles podem segurar (projetos), a Câmara pode segurar também o que veio do Senado", ameaçou Cunha.
Dias afirmou que Renan Calheiros terá a chance de aprofundar o debate. "O Senado tem a oportunidade de fazer com clareza para não corrermos o risco de judicializar", enfatizou.
O ministro ressaltou que a terceirização precisa ser regulamentada no País, mas a preocupação do governo é com a precarização do trabalho. "O debate não pode ser açodado e não pode haver precarização do trabalho", defendeu.