Brasil

Datena se filia ao MDB, elogia Maia e Bolsonaro e defende a democracia

Datena afirmou que o MDB sempre será o fiador da democracia e relação entre os Poderes

Datena: "Escolho um partido que é alicerce básico para a democracia", disse o apresentador (Isac Nóbrega/PR//Flickr)

Datena: "Escolho um partido que é alicerce básico para a democracia", disse o apresentador (Isac Nóbrega/PR//Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de março de 2020 às 13h43.

Última atualização em 4 de março de 2020 às 14h00.

O jornalista José Luiz Datena fez um discurso emocionado e ressaltando a importância da democracia ao assinar sua filiação ao MDB, nesta quarta-feira, em Brasília. O ato foi acompanhado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é amigo do apresentador de televisão.

"Estou feliz de se estar aqui hoje na filiação de um grande amigo", disse Maia, que também teceu elogios ao partido. "O MDB sempre será o fiador da nossa democracia e relação entre os Poderes". Datena, por sua vez, disse que Maia é uma das "melhores coisas que conheceu na política nos últimos tempos".

Ao discursar, Datena fez um breve passeio pela história do MDB, citando grandes figuras da legenda, como Ulysses Guimarães, e ressaltando o papel do partido para a manutenção da democracia. "Esse partido representa acima de tudo a base e luta da democracia contra qualquer sopro que ameace a democracia nacional", afirmou Datena. "Escolho um partido que é alicerce básico para a democracia", disse.

O jornalista e apresentador disse que já tinha ensaiado entrar para política anteriormente, mas que agora, em um momento "em que tem faltado muita dignidade social para os brasileiros e em que se discute muito a polarização", era a hora certa dele entrar no jogo.

Datena afirmou que gosta do presidente da República Jair Bolsonaro, que "entende, a cada dia que passa, que os limites da Presidência são traçados pelo povo que o elegeu".

O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que a filiação do apresentador José Luiz Datena ao partido ajuda na recuperação da sigla, que já mudou de nome e também de comando.

"Sua filiação tem um significado de recuperação do nosso partido na maior cidade do País", afirmou Rossi. Não está definido, no entanto, se o jornalista participará das eleições como candidato a prefeito da capital ou mesmo vice. De acordo com declaração dada por Datena ao Estado, compor a chapa do atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), é uma possibilidade.

A cerimônia de filiação do apresentador ocorreu nesta quarta-feira, 4, na presidência do partido na Câmara em Brasília. Ela contou com a presença do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assinou como testemunha da filiação, e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e de diversos políticos do MDB e outros partidos.

Com a oficialização da escolha partidária, o MDB passa a ser o quinto partido de Datena, que integrou o PT por 13 anos, depois passou pelo PP, PRP e DEM. Até duas semanas atrás, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, estava à frente das negociações para que Datena se filiasse ao MDB e concorresse à prefeitura pelo partido com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Skaf é um dos organizadores do Aliança pelo Brasil em São Paulo.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, no entanto, Datena procurou se afastar de Bolsonaro e disse que pode ser candidato a vice do prefeito Bruno Covas (PSDB), com apoio do governador João Doria (PSDB). "O meu compromisso seria com o Bruno (Covas), que é um cara que desenvolvi uma amizade muito rápida. Ele é um bom cara. Nós não avançamos, mas é uma possibilidade. A maior probabilidade é de que eu saia candidato pelo MDB. Vou me filiar após o carnaval", disse ele, à época.

Embora seja cotado para vice de Covas, Datena tem dito a interlocutores que seu foco político está nas eleições de 2022, quando pretende disputar o Senado ou o governo de São Paulo. Na eleição passada, o apresentador chegou a se lançar candidato ao Senado pelo DEM, na chapa de Doria, mas recuou.

Recuperação do partido

O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que a filiação do apresentador José Luiz Datena ao partido ajuda na recuperação da sigla, que já mudou de nome e também de comando.

"Sua filiação tem um significado de recuperação do nosso partido na maior cidade do País", afirmou Rossi. Não está definido, no entanto, se o jornalista participará das eleições como candidato a prefeito da capital ou mesmo vice. De acordo com declaração dada por Datena ao Estado, compor a chapa do atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), é uma possibilidade.

A cerimônia de filiação do apresentador ocorreu nesta quarta-feira, 4, na presidência do partido na Câmara em Brasília. Ela contou com a presença do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assinou como testemunha da filiação, e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e de diversos políticos do MDB e outros partidos.

Com a oficialização da escolha partidária, o MDB passa a ser o quinto partido de Datena, que integrou o PT por 13 anos, depois passou pelo PP, PRP e DEM. Até duas semanas atrás, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, estava à frente das negociações para que Datena se filiasse ao MDB e concorresse à prefeitura pelo partido com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Skaf é um dos organizadores do Aliança pelo Brasil em São Paulo.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, no entanto, Datena procurou se afastar de Bolsonaro e disse que pode ser candidato a vice do prefeito Bruno Covas (PSDB), com apoio do governador João Doria (PSDB). "O meu compromisso seria com o Bruno (Covas), que é um cara que desenvolvi uma amizade muito rápida. Ele é um bom cara. Nós não avançamos, mas é uma possibilidade. A maior probabilidade é de que eu saia candidato pelo MDB. Vou me filiar após o carnaval", disse ele, à época.

Embora seja cotado para vice de Covas, Datena tem dito a interlocutores que seu foco político está nas eleições de 2022, quando pretende disputar o Senado ou o governo de São Paulo. Na eleição passada, o apresentador chegou a se lançar candidato ao Senado pelo DEM, na chapa de Doria, mas recuou.

 

 

 

 

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