“Eu só saio candidato a presidente”, diz Datena em entrevista a revista
Em entrevista à revista Veja, o apresentador disse que vai disputar as prévias do partido e que pode mudar de legenda se não ganhar
Gilson Garrett Jr
Publicado em 15 de outubro de 2021 às 11h29.
José Luiz Datena quer ser o próximo presidente do Brasil. Filiado ao PSL - partido que elegeu o presidente Jair Bolsonaro - o apresentador disse, em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira, 15, que vai disputar as prévias e que “só sai candidato à presidência”. Em pesquisas de intenção de voto, seu nome costuma alcançar cerca de 5%.
“Eu aceito prévias contra Luiz Henrique Mandetta e Rodrigo Pacheco, porque sou um democrata. Posso participar e ganhar. Agora, se eu perder, não quero ficar e ser candidato nem a governador nem ao Senado, porque tenho convites de outros partidos”, afirmou.
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Os nomes citados por ele atualmente estão no DEM, que está em processo de fusão com o PSL para a criação do partido União Brasil, com a maior bancada do Congresso Nacional. Na entrevista, Datena disse que não segue ideologias partidárias - já foi filiado ao PT, MDB, PP, DEM e PRB - e que está apto a trocar de legenda, caso seu nome não passe nas prévias.
“Gilberto Kassab já me convidou para ser candidato e tive uma conversa com Ciro Gomes (PDT), que me ofereceu a possibilidade de ser candidato a vice dele ou a governador. Então, dessa fusão, eu só saio candidato a presidente”, afirmou o apresentador, que comanda o programa Brasil Urgente, na TV Bandeirantes.
O nome de Datena figurou, principalmente, nas duas últimas eleições no âmbito de São Paulo, mas desistiu de concorrer ao se aproximar dos prazos de definição. Segundo ele, estava tudo acertado para ser vice na chapa que elegeu Bruno Covas (PSDB), em 2020, mas preferiu sair porque houve o que chamou de “interferências políticas”.
Questionado sobre o motivo pelo qual ele acha que pode disputar a presidência da República, Datena diz que é honesto, e que se ele não for disputar a eleição, o país será governado pelos “maus”.
“Popularidade não dá voto. Além dela, o que interessa é credibilidade. A televisão mostra sua alma, não estaria exposto há trinta anos se não tivesse credibilidade. Sou um cara que não rouba, sou honesto”, afirmou.