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Datafolha: 62% dos brasileiros têm medo de agressões da PM

Em 2012, índice era de 48%. Entre os que responderam sim, 25% afirmam ter “muito medo” da violência policial

Policiais da Força Tática da PM durante tumulto, mais cedo, na Zona Leste (Reuters)

Policiais da Força Tática da PM durante tumulto, mais cedo, na Zona Leste (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 15h09.

Última atualização em 3 de agosto de 2017 às 15h33.

São Paulo – Levantamento do Datafolha divulgado hoje revela que 62% dos moradores de cidades com mais de 100 mil habitantes têm medo da violência e agressão por parte da Polícia Militar. Cerca de 25% dos que responderam sim a essa pergunta admitem ter “muito medo”.

Em 2012, o índice em uma  pesquisa semelhante foi de 48% — o critério à época eram cidades com 15 mil habitantes ou mais.

Entre os que mais temem a violência policial, a maior parte dos entrevistados são moradores da região Nordeste, são jovens pobres e que se declaram como pretos.

A pesquisa foi encomenda ao instituto pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram entrevistadas 1.307 pessoas em 84 municípios em todas as regiões do país. A margem de erro é de três pontos.

Outro estudo divulgado esta semana pelo Ibope Inteligência mostra que os brasileiros encaram a polícia com certa desconfiança.

Na lista das instituições mais confiáveis do país, a corporação ficou com a oitava posição e marcou apenas 50 pontos em uma escala de 0 a 100 no índice de confiabilidade. A confiança é menor na faixa de idade de 30 a 39 anos, seguida de jovens de 16 a 24.

E os criminosos?

Confirmando a sensação de insegurança, 91% dos entrevistados têm medo de ser vítima da violência orquestrada por criminosos.

O medo de morrer assassinado é outro aspecto da pesquisa que teve um aumento elevado: subiu de 65% em 2012 para 81% este ano. Entre os que deram essa resposta, 87% vivem no Nordeste.

A PM é vista por 76% deles como principal responsável pela segurança pública no Brasil. Ainda assim, cerca de 67% discordam que policias devem ser mais agressivos em suas abordagens a suspeitos.

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