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ÀS SETE - A 2ª Turma do STF decidiu nesta terça-feira tirar do juiz Sérgio Moro as acusações de delatores da Odebrecht contra o ex-presidente Lula

Lula: sua defesa estava lutando para alcançar a decisão favorável pelo STF (Victor Moriyama/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2018 às 07h13.

Última atualização em 25 de abril de 2018 às 07h26.

Prisão de Azeredo mais próxima

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou nesta terça-feira a condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB). Azeredo é o personagem central no chamado mensalão mineiro, segundo denúncia do Ministério Público. O esquema de desvio de recursos do governo foi operado pelo empresário Marcos Valério de Souza para financiar a campanha à reeleição de Azeredo, em 1998. Em sustentação oral, o procurador de Justiça Antônio de Padova Marchi Júnior pediu a prisão imediata de Azeredo.

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STF tira sítio da seara de Moro

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça, por 3 votos a 2, derrubar a decisão individual do ministro Edson Fachin que determinou o envio de acusações de delatores da Odebrecht contra o ex-presidente Lula para a 13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo juiz federal Sérgio Moro. De acordo com os delatores, entre eles Marcelo e Emílio Odebrecht, a empreiteira teria custeado despesas pessoais de Lula, como reformas em um sítio frequentado por sua família em Atibaia (SP), a compra do terreno para instalação do Instituto Lula em São Paulo e pagamentos por palestras realizadas pelo ex-presidente em eventos organizados pela empreiteira no exterior. A Turma entendeu que as acusações contra Lula não têm relação com os desvios de recursos na Petrobras, cujo relator é o juiz Sérgio Moro. Dessa forma, o processo deve ser enviado para a Justiça Federal em São Paulo, onde os supostos crimes ocorreram. Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes seguiram o voto de Toffoli. Edson Fachin e Celso de Mello não conheceram o recurso.

PP na mira da Lava Jato

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira 24 mandados de busca e apreensão nos gabinetes e endereços pessoais do senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e do deputado Eduardo da Fonte (PE), também do partido. O ex-deputado Márcio Junqueira (PP-RR) foi preso preventivamente por envolvimento no esquema. Os mandados foram autorizados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, em razão de suspeita da Procuradoria-Geral da República de que os congressistas tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor de Nogueira que passou a cooperar com as investigações.

Juros menor para médias e grandes empresas

A Caixa Econômica Federal informou, nesta terça-feira, que vai reduzir a taxa de juro dos empréstimos de capital de giro para médias e grandes empresas. A redução será de 0,85% ao mês e já está valendo para contratações em todo o país. Segundo o banco, a redução tem como principal objetivo estimular a atividade econômica. A Caixa afirmou ainda que possui orçamento de 11 bilhões de reais para a linha de capital de giro. A mudança, segundo o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, faz parte de um conjunto de medidas para movimentar o PIB brasileiro. Também neste mês o banco reduziu os juros do crédito imobiliário.

Raízen compra Shell argentina

A Raízen Combustíveis, joint venture formada por Cosan e Shell, assinou contrato para aquisição da Shell na Argentina. A aquisição de todo o negócio de downstream (atividades de transporte e distribuição de produtos) totaliza 950 milhões de dólares e deve ser concluído no segundo semestre deste ano. De acordo com a Raízen, a operação de downstream da Shell na Argentina conta com uma refinaria, uma rede de 645 postos de combustíveis com venda de aproximadamente 6 bilhões de litros por ano, ocupando o segundo lugar no mercado com aproximadamente 20% de participação, entre outros ativos. Para a empresa, a transação representa uma ampliação de seu modelo realizado no Brasil e fortalece os negócios das companhias adquiridas.

Whirlpool vende Embraco à japonesa Nidec

A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool anunciou nesta terça-feira que concordou em vender a Embraco à japonesa Nidec Corp. por 1,08 bilhão de dólares em dinheiro, enquanto busca focar em negócios voltados para o consumidor final. Com sede no Brasil, a Embraco é líder na fabricação de compressores herméticos para refrigeração e desde 1997 pertence a Whirlpool. A empresa tem cerca de 11.000 funcionários em oito fábricas no Brasil, Itália, China, Eslováquia e México. Segundo a Whirlpool, o acordo, que não inclui as instalações da Embraco na Itália, cuja fábrica a empresa planeja fechar, não deverá ter um impacto significativo nos resultados financeiros em 2018. A expectativa é que o negócio seja concluído em 2019.

Trump e Macron discutem acordo nuclear

O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira. Macron afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que quatro principais temas precisam ser resolvidos com relação ao Irã, para que as nações tenham “estabilidade”. Uma das pautas principais da visita do líder francês, o acordo nuclear preocupa as nações europeias signatárias do tratado, uma vez que Trump ameaça deixá-lo, e tenha estipulado um prazo de até meados de maio para que os países modifiquem o acordo e consertem suas “falhas terríveis”. O pacto firmado entre Irã, EUA e cinco outras potências estabelece limites ao programa atômico iraniano em troca da suspensão de sanções. Na mesma entrevista, o presidente dos Estados Unidos disse que se o Irã ameaçar seu país de alguma maneira, pagará um preço que poucos países pagaram. Além do Irã, o presidente americano também fez comentários sobre a relação do país com a Coreia do Norte. Segundo ele, os EUA querem continuar a colocar “pressão máxima” sobre a Coreia do Norte antes do que espera ser conversas positivas com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que levem à desnuclearização de Pyongyang. Uma reunião entre o líder americano e o líder norte-coreano está marcada para o mês que vem, e pode ser a reaproximação dos países e o fim da troca de ameaças nucleares.

Trudeau: não foi ataque terrorista

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, descartou, nesta terça-feira, que o atropelamento em massa em Toronto tratava-se de um ato terrorista. Segundo ele, a investigação continuará, mas que é “bastante claro” que não há conexão com a segurança nacional. O atropelamento, ocorrido na segunda-feira, deixou dez pessoas mortas e 15 feridas. O primeiro-ministro canadense acrescentou que “levará tempo” para entender as razões pelas quais o suposto autor, Alek Minassian, detido pouco depois do incidente, decidiu atropelar ontem dezenas de pessoas na principal avenida de Toronto. O atropelamento aconteceu na segunda-feira, quando uma caminhonete alugada e supostamente conduzida por Minassian subiu na calçada da Rua Yonge, a principal de Toronto, e atingiu dezenas de pessoas. Alek Minassian foi detido 30 minutos depois, próximo ao local do acidente. Está previsto que Minassian compareça hoje perante um juiz de Toronto.

Manifestantes exigem renúncia de Ortega

Milhares de manifestantes foram às ruas da capital da Nicarágua para exigir a renúncia do presidente Daniel Ortega. Os manifestantes gritavam “Presidente, saia!” em vários pontos nos arredores de Manágua, na segunda-feira, enquanto o governo mantinha a polícia longe das manifestações depois de uma repressão policial violenta aos protestos que deixou pelo menos nove mortos. Os protestos tiveram início na semana passada depois que o governo do presidente Daniel Ortega lançou um plano de reforma da Previdência do país. Na noite de domingo, na tentativa de acalmar as ruas, Ortega disse ter cancelado a iniciativa de reforma. A marcha de segunda-feira, liderada por universitários, foi a maior de seus dias de protestos, segundo uma testemunha da Reuters. Os manifestantes pediram a libertação de colegas presos nos dias anteriores e o fim do governo Ortega.

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