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ÀS SETE - Alemanha formou oficialmente um novo governo de coalizão nesta quarta-feira

Alemanha: chanceler Angela Merkel e o líder do Partido Social Democrata, Martin Schulz, chegaram a um acordo e formaram uma nova grande coalizão (Hannibal Hanschke/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 07h27.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2018 às 07h30.

Recibos de Lula

O juiz Sergio Moro afirmou nesta quarta-feira que os recibos de aluguel do apartamento vizinho ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, não são “materialmente falsos”. O imóvel do empresário Glaucos da Costamarques, que assina os recibos, seria, segundo o Ministério Público Federal, parte de propina da Odebrecht ao petista. De acordo com Moro, porém, os comprovantes não comprovam o pagamento efetivo do aluguel e que seria “inviável” julgar a questão com as provas presentes. “Depende a questão da resolução de várias questões de fatos na ação penal, se dinheiro da Odebrecht de fato custeou a aquisição do apartamento, se Glaucos da Costamarques foi ou não utilizado como pessoa interposta e quem falta com a verdade acerca do pagamento ou não dos aluguéis”, diz Moro na decisão publicada hoje. Costamarques afirmou à Justiça que assinou a série de recibos de uma só vez enquanto esteve internado no Hospital Sírio-Libanês, no fim de 2015, quando foi visitado pelo advogado e amigo de Lula, Roberto Teixeira.

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Prisão em segunda instância

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta quarta-feira que negará pedido do criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, de proibição provisória de prisão em segunda instância. “Não posso (ir contra o plenário). Isso já passou pelo crivo do plenário. Por melhor que seja a intenção”, disse Marco Aurélio. “Já houve o indeferimento pelo plenário da Corte e não posso enfrentar e simplesmente suplantar a decisão da maioria”. Marco Aurélio faz referência ao entendimento do Supremo de 2016, que prevê a possibilidade da execução antecipada da pena, antes do fim dos recursos em tribunais superiores. A decisão impacta de frente o caso do ex-presidente Lula, que deve entrar com o último recurso a que tem direito no Tribunal Regional Federal da 4ª Região nos próximos dias. Ao fim do trâmite, a recomendação dos magistrados é que Lula seja preso.

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A ameaça Huck

Em compromissos partidários em Brasília, o governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), comentou a entrevista concedida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em que afirma que uma eventual candidatura do apresentador Luciano Huck seria “bom para o país”. “A crise de representatividade é geral, não é só nossa. (…) Não sou um showman. Me apelidaram de picolé de chuchu”, disse. “Quem quiser ver show, vá ver o gênio do Tom Cavalcante. Precisamos resolver problemas. O Brasil precisa de construtores, não gladiadores”. Alckmin discursou em evento para empresários e subiu o tom do discurso pró-reformas, como alas do partido sugeriram, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que pediu para o paulista “radicalizar” a disposição. “Claro que não é fácil fazer reformas no último ano de governo. As grandes reformas constitucionais, você tem que fazer no primeiro ano, porque quem for eleito vai ter quase 70 milhões de votos. A legitimidade disso é impressionante. Todo empenho na reforma (da Previdência) agora. Mesmo que não seja o ideal, mas é necessário e importante”, disse.

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Selic em 6,75%

Conforme previsto, o Comitê de Política Monetária reduziu nesta quarta-feira a taxa básica de juros de 7% para 6,75% ao ano. Em comunicado o Copom ressaltou que a recuperação da economia brasileira se mostra consistente e o cenário externo é favorável. O comitê afirma também que “caso o cenário básico evolua conforme o esperado, o Comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, sinalizando, portanto, o fim da queda dos juros.

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Bolsa: queda no Brasil, alta nos EUA

O dia foi de alta nas bolsas americanas, mas o Ibovespa não acompanhou. O índice brasileiro caiu 1,34% e fechou o dia a 82.766 pontos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu quase 0,41% e o S&P 500 caiu 0,23% no fim do pregão. A queda no Brasil foi atribuída ao ajuste de posições e a forte queda do petróleo. As ações da Petrobras, que foram as mais negociadas no dia, caíram 2,75%. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco caíram 2,3% e os ordinários da Vale, 1,79%. O dólar subiu 0,92%, fechando a 3,28 reais.

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As conversas continuam?

A fabricante de aviões Embraer, autoridades brasileiras e a americana Boeing ainda estão em negociações para uma possível combinação entre as duas fabricantes de aeronaves, de acordo com John Slattery, presidente da unidade de aviação comercial da Embraer, em uma coletiva de imprensa durante o Singapore Airshow. Segundo ele, a Embraer ainda não recebeu uma proposta da Boeing. Em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira, a Embraer reiterou a afirmação de Slattery e disse que “não há, especificamente, nenhuma definição acerca da eventual participação da Boeing e da Embraer em qualquer segmento das operações da Embraer, quer política ou econômica”. As ações da empresa fecharam em queda de 1,41% no Ibovespa.

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Fluxo grande

O Brasil teve uma entrada líquida de 8,1 bilhões de dólares em janeiro deste ano, conforme divulgou nesta quarta-feira o Banco Central. O número representa o segundo maior fluxo para o mês na série histórica da instituição, iniciada em 1982. Apenas em janeiro de 2011 o fluxo cambial foi maior, quando 15,5 bilhões de dólares entraram no país. Naquela época, o Brasil era um dos principais destinos dos dólares em abundância no mercado global, com economias centrais injetando recursos no sistema na esteira da crise financeira de 2008. O forte resultado de janeiro foi puxado pela entrada de 5,527 bilhões no mercado financeiro.

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Alemanha firma coalizão

A Alemanha formou oficialmente um novo governo de coalizão nesta quarta-feira. Depois de uma reunião que avançou pela madrugada, a chanceler Angela Merkel e o líder do Partido Social Democrata, Martin Schulz, chegaram a um acordo e formaram uma nova grande coalizão, que aglutinará partidos do centro e da direita alemã. O país estava num impasse há 136 dias, quando Merkel foi reeleita, porém não obteve maioria no Parlamento. Desde então, a líder alemã tentava formar uma coalizão — primeiro com partidos conservadores e depois com seu maior opositor, o Partido Social Democrata. Segundo Merkel, a reunião da madrugada determinou com quem ficarão alguns ministérios e finalizou o posicionamento do governo sobre investimentos financeiros e sociais. Na terça-feira, a chanceler afirmou que estava disposta a fazer concessões dolorosas para conseguir firmar a coAlemanha formou oficialmente um novo governo de coalizão nesta quarta-feiraalizão. Entre as concessões, o partido conservador cristão aceitou as propostas dos sociais-democratas sobre migração e investimentos nas áreas da saúde e da educação.

Uber e Kalanick no tribunal

O ex-presidente do Uber Travis Kalanick compareceu ao tribunal nesta quarta-feira para testemunhar sobre o processo da Waymo contra a empresa de transportes. Essa não é a primeira vez que Kalanick testemunha nesse caso, em que a empresa de carros autônomos Waimo, controlada pela holding Alphabet, está processando o Uber com a acusação de que o engenheiro responsável pela criação dos carros, Anthony Levandowski, teria roubado informações secretas do desenvolvimento dos automóveis antes de ser contratado pelo Uber. No primeiro dia do julgamento, Kalanick afirmou que é um “grande fã” de Levandowski e por isso teria conversado com ele em 2015 para contratá-lo. Kalanick participou pessoalmente do processo de compra da startup Otto, fundada por Levandowski meses depois de ter se demitido da Waymo. Para o advogado da Waymo, Charles Verhoeven, Kalanick contratou Levandowski sabendo que a concorrente estava se tornando líder na produção de carros autônomos, disposto a ganhar a corrida da produção “a qualquer custo”.

Empréstimos para comprar iPhone

A Apple está negociando com o banco Goldman Sachs empréstimos para clientes que desejarem comprar o novo iPhone. Segundo a reportagem desta quarta-feira do jornal americano The Wall Street Journal, a divisão de consumo do banco, conhecida como Marcus, poderá passar a oferecer financiamentos para iPhones e outros produtos da Apple. A empresa de produtos eletrônicos já fornece auxílios financeiros a seus clientes, como um contrato com o banco Citzens para o parcelamento em 24 vezes para quem quiser trocar de smartphone. Embora não seja oficial, o acordo beneficiaria os dois lados, uma vez que a Apple quer que seus clientes mantenham-se fieis por mais tempo (especialmente agora que só lançará seu novo celular em 2020) e a Goldman quer aumentar os empréstimos para pequenos e grandes itens. Atualmente, um iPhone X custa 999 dólares, e não há informações de cobrança de juros no parcelamento dos aparelhos.

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