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Cunha chama Fontana de líder "fraco, desagregador e radical"

Irritado com declarações feitas nesta quarta-feira pelo líder do governo na Câmara, o candidato do PMDB à presidência da Casa atacou o petista


	Eduardo Cunha: "a bancada do PMDB na Câmara não reconhecerá mais a sua liderança e não se submeterá mais a ela", disse
 (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Eduardo Cunha: "a bancada do PMDB na Câmara não reconhecerá mais a sua liderança e não se submeterá mais a ela", disse (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 12h26.

Brasília - Irritado com declarações feitas nesta quarta-feira, 21, pelo líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), o candidato do PMDB à presidência da Casa, Eduardo Cunha (RJ), atacou o petista e chamou-o de "fraco, desagregador e radical em suas posições".

Segundo Cunha, a bancada peemedebista não reconhecerá mais a liderança de governo de Fontana.

"O senhor Fontana sempre foi um líder fraco, desagregador, radical em suas posições e que levou o governo a várias derrotas pelas suas posições", disse Cunha, por meio de sua conta no Twitter.

"A bancada do PMDB na Câmara não reconhecerá mais a sua liderança e não se submeterá mais a ela. Não participaremos de nenhuma discussão sobre matérias de governo em que ele seja o interlocutor", acrescentou.

Nesta quarta, Fontana convocou uma coletiva de imprensa na qual classificou de "inaceitável" Cunha dar publicidade a uma suposta gravação contra o peemedebista que teria sido articulada pela cúpula da Polícia Federal.

"Acho um erro trazer um assunto como este para o centro da disputa", comentou. Fontana avaliou que a candidatura para a presidência da Câmara de Arlindo Chinaglia (PT-SP), nome apoiado informalmente pelo Palácio do Planalto, está "crescendo muito".

Para Cunha, "inaceitável" é a interferência de Fontana, enquanto líder do governo, na disputa pela sucessão do comando da Câmara. "Ele se comporta como líder do PT no governo e não como líder de um governo que tem vários partidos na sua base", afirmou Cunha na rede social.

A eleição da presidência da Câmara para o próximo biênio, marcada para o dia 1º de fevereiro, colocou os dois principais partidos da base da presidente Dilma Rousseff, o PT e o PMDB, em linha de colisão. O Palácio do Planalto considera Cunha um candidato "de oposição" e mobilizou ministros para fortalecer Chinaglia.

O peemedebista, por outro lado, acusa seu adversário de representar "submissão" ao governo e tem reiterado que a ingerência do Executivo causará fissuras na relação com os partidos da base. Há ainda um outro candidato, o líder do PSB, Júlio Delgado (MG).

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