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Cunha arquiva outro pedido de impeachment de Temer

O pedido do impeachment do vice-presidente foi protocolado em dezembro pelo advogado Mariel Márley Marra


	Michel Temer: advogado alegava que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária
 (Pool/Getty Images)

Michel Temer: advogado alegava que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária (Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 19h37.

Brasília - Em pleno recesso parlamentar, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), veio à Casa para cumprir uma agenda de despachos internos.

Entre as decisões assinadas pelo peemedebista nesta terça-feira, 5, está o indeferimento de um pedido de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer.

O pedido do impeachment de Temer foi protocolado em dezembro pelo advogado Mariel Márley Marra.

O advogado alegava que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional.

Esse é o segundo pedido de afastamento de Temer arquivado por Cunha. O primeiro indeferido era do deputado Cabo Daciolo (sem partido-RJ).

Cunha também anulou hoje uma votação da Comissão de Agricultura, nos últimos meses do ano, que aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A aprovação da convocação foi anulada porque não foi concedido pedido de verificação da votação.

Posse

O peemedebista deixou seu gabinete no início desta noite sem conceder entrevista coletiva. Na saída, Cunha negou que tenha prolongado a decisão de dar posse ao peemedebista Átila Nunes (RJ), aliado do líder Leonardo Picciani (RJ).

O vereador licenciado da capital fluminense virá amanhã a Brasília para tomar posse do cargo de deputado federal.

A posse do peemedebista foi viabilizada por liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, após o presidente da Câmara alegar que Nunes não poderia ser empossado porque exercia a função de vereador.

A liminar foi deferida no dia 29 de dezembro. "Só cumpri a Constituição", disse Cunha nesta noite.

De acordo com o regimento interno, o deputado precisa vir pessoalmente à Câmara tomar posse. O ato de posse geralmente acontece em plenário, mas como o Congresso está em recesso, precisa apenas ser assinado pelo presidente da Casa ou por um de seus vices.

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