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Cultura: não, não, não; Dirceu condenado…

Moro condena José Dirceu
 O juiz Sergio Moro condenou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a 23 anos e três meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava-Jato. Dirceu participou do superfaturamento de contratos entre a Engevix e a Petrobras. No esquema, ele recebeu 15 milhões de […]

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 19h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h55.

Moro condena José Dirceu


O juiz Sergio Moro condenou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a 23 anos e três meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava-Jato. Dirceu participou do superfaturamento de contratos entre a Engevix e a Petrobras. No esquema, ele recebeu 15 milhões de reais. O advogado de Dirceu, Roberto Podval, disse que a pena é excessiva e que, na prática, é uma condenação à prisão perpétua, já que o ex-ministro tem 70 anos. Dirceu, que também foi condenado pelo mensalão, deve recorrer da sentença no Tribunal Regional Federal.

Sem mulheres, com ministério?


Depois de pelo menos cinco recusas de mulheres — três delas famosas, Bruna Lombardi, Daniela Mercury e Marília Gabriela — para a nova Secretaria da Cultura (antigo ministério), o presidente interino Michel Temer decidiu escolher um homem para comandar a pasta. Marcelo Calero, secretário da Cultura da cidade do Rio de Janeiro, aceitou a proposta. Ele tem 33 anos e também é filiado ao PMDB. Na tarde desta quarta, o presidente do Senado, Renan Calheiros, sugeriu a Temer que a Cultura voltasse a ser um ministério. “Não é isso que vai quebrar o país”, disse Calheiros. De acordo com o Jornal do Brasil, Temer teria aceitado a proposta, mas agora a mudança só poderá ser feita na aprovação do texto da reforma administrativa, que está no Senado.

Novo líder, mais polêmica

O deputado André Moura (PSC-SE) se anunciou na tarde desta quarta como o novo líder do governo na Câmara. Essa é mais uma área em que houve dificuldade de consenso no governo Temer. A ideia dos partidos que faziam oposição ao governo Dilma, principalmente PSDB e DEM, era emplacar Rodrigo Maia (DEM-RJ) no cargo, mas o “centrão”, formado por PSC, PP, PSD, e outros pequenos que não foram tão contemplados nos ministérios, conseguiu emplacar um nome. Moura é alvo da Lava-Jato e coleciona processos na Justiça. Foi condenado em segunda instância por usar dinheiro da prefeitura de Pirambu, em Sergipe, onde foi prefeito, para pagar despesas pessoais mesmo depois de ter saído do cargo. Também é investigado por tentativa de homicídio do segurança de um adversário político. Moura é aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Meirelles e as mudanças na Previdência


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje que, se a reforma da Previdência for aprovada como querem as centrais sindicais, sem mudar os direitos das pessoas que já começaram a trabalhar, ela não será efetiva. Para o ministro, se for assim, outras despesas públicas teriam de ser cortadas nos próximos anos. De acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope, 65% concordam totalmente ou parcialmente com o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria.

Temer e os esqueletos no armário

O presidente interino Michel Temer está planejando um pronunciamento ou uma coletiva de imprensa para apresentar à população a situação em que ele diz ter assumido o país. A ideia é tirar os esqueletos do armário e mostrar os reais problemas não só na economia mas também em programas sociais que estariam sem dinheiro para honrar seus compromissos.

Dilma convida para jantar 


A presidente afastada Dilma Rousseff ainda não desistiu de voltar ao cargo. Na noite de terça-feira 17, ela convidou para um jantar os 22 senadores que votaram contra seu afastamento, mas nem todos compareceram. Além de agradecer, Dilma queria avaliar as chances de reverter votos na próxima votação que decide por seu afastamento definitivo. São necessários 54 votos para que isso aconteça. Na votação do dia 11 de maio, 55 senadores pediram o afastamento, mas dez disseram em seu discurso que podem mudar de ideia caso fique provado que Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Na tarde desta quarta, o STF notificou Dilma a explicar o motivo de chamar o processo que sofreu de golpe. Ela não é obrigada a responder.

A diplomacia de Serra


Um dos poucos novos ministros a fazer uma cerimônia para a própria posse, José Serra anunciou na tarde desta quarta-feira que a política externa do Itamaraty vai mudar de rumo. “A diplomacia voltará a refletir os legítimos valores da sociedade brasileira, e não mais as preferências ideológicas de um partido político”, disse Serra, que, antes mesmo da cerimônia, emitiu duas notas repudiando as acusações de golpe de Estado de países da América Latina aliados do governo Dilma.

 

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