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Cubana que desertou receberá R$ 3 mil em novo emprego

Ramona Matos Rodrigues irá trabalhar como assessora administrativa da diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB)

Médica cubana Ramona Rodriguez com o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Médica cubana Ramona Rodriguez com o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 17h24.

São Paulo - A médica cubana Ramona Matos Rodrigues, que deixou o programa Mais Médicos na semana passada e pediu asilo ao Brasil, receberá R$ 3 mil de salário em seu novo emprego em Brasília, como assessora administrativa da diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB), uma das entidades que se opõem ao programa federal.

Como integrante do Mais Médicos, Ramona recebia US$ 400 no Brasil, além de outros U$ 600 que eram depositados em uma conta em Cuba e que só podiam ser utilizados quando a médica voltasse ao país natal. Somados os dois valores, a cubana ganhava o equivalente a R$ 2.407. O restante da bolsa de R$ 10 mil paga pelo Brasil ficava com o governo da ilha caribenha.

O anúncio do novo salário foi feito na tarde desta terça-feira, 11, pelo presidente da AMB, Florentino Cardoso. "Ela terá registro em carteira, com todos os benefícios, como vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde, 13.º salário e férias. Ela vai trabalhar em condições dignas, não será um trabalho escravo como o que ela estava sendo submetida", disse.

Segundo Cardoso, os benefícios devem chegar a R$ 1 mil. No entanto, a médica não receberá auxílio-moradia, benefício previsto no programa Mais Médicos. "Ela está procurando um lugar para ficar e está vendo de dividir com outras pessoas, por uma escolha dela, que se sente mais segura", disse Cardoso.

O presidente da AMB afirmou que Ramona começa a trabalhar nesta quarta-feira, 12, mas que ainda não optou como cumprirá sua jornada de trabalho. "Ela pode fazer seis horas corridas ou oito horas com intervalo para o almoço", explicou. Cardoso disse ainda que a entidade vai ajudá-la a se preparar para o exame Revalida caso ela queira continuar no País e trabalhar como médica.

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