Ministro da Pesca, Marcelo Crivella, e a cantora gospel Damares Alves de Oliveira concedem entrevista após encontro com a presidenta Dilma Rousseff (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2013 às 20h08.
Brasília - O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, defendeu nesta segunda-feira a necessidade de uma pasta específica para o setor na Esplanada dos Ministérios e disse que, se deixar o cargo, voltaria imediatamente a ocupar uma vaga no Senado pelo Rio de Janeiro.
Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de sair do ministério da presidente Dilma Rousseff, em uma eventual reforma para reduzir o número de pastas, Crivella disse ainda que nunca tratou deste assunto com a presidente.
"Deixar de ser ministro significa voltar a ocupar o honroso cargo de senador da República pelo qual merecidamente fui eleito pelo generoso e bravo povo do Estado do Rio de Janeiro. Voltarei ao Senado no dia seguinte", disse Crivella, eleito senador pelo PRB.
"Agora, a presidenta Dilma, em nenhum momento de todos esses momentos difíceis que temos passado em nosso governo deixou passar de que isso ocorreria", disse a jornalistas após encontro com Dilma no Palácio do Planalto.
A oposição e até mesmo aliados da presidente, como o PMDB, sugeriram a redução do número de ministérios após a onda de manifestações do mês passado no país que criticaram, entre outras coisas, a corrupção, os privilégios dos políticos e os gastos com a Copa do Mundo e a Olimpíada.
O governo tem atualmente 39 ministérios. Dilma herdou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 37 pastas, mas criou outras duas, a da Micro e Pequena Empresa e a de Aviação Civil.
Crivella defendeu a existência de um ministério específico para a pesca, argumentando que o Brasil tem um grande potencial inexplorado neste setor.
"Acho que o potencial do Brasil é tão grande para a produção de peixes, que independentemente de ser o Crivella ou qualquer outro, nós brasileiros não deveríamos abrir mão de ter um ministério exclusivamente para que o Brasil esteja à altura dos grandes recursos naturais que Deus lhe deu", disse.
"É o primeiro país em água doce do mundo e um dos menores em produção de pescado. E precisamos também atender a 1,7 milhão de pescadores cujas condições sociais não são das melhores", acrescentou.