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Crise no ES chega ao 6º dia com população evitando sair às ruas

Os ônibus urbanos voltaram a circular, mas com frota reduzida e intervalos maiores

Patrulha da Polícia Civil na cena de uma execução em Vila Velha, no Espírito Santo (Paulo Whitaker/Reuters)

Patrulha da Polícia Civil na cena de uma execução em Vila Velha, no Espírito Santo (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 13h40.

Vitória - A crise na segurança pública no Espírito Santo chega nesta quinta-feira, 9, ao sexto dia com a população ainda com sensação de insegurança.

No início desta manhã, as ruas de Vitória apresentam mais uma vez pouca movimentação. Os ônibus urbanos voltaram a circular, mas com frota reduzida e intervalos maiores, de uma hora.

Até o fim da tarde desta quinta-feira, mais 650 homens do Exército e da Força Nacional de Segurança devem chegar ao Estado, elevando o contingente para 1.850.

O governo estadual informou que são necessários pelo menos 2 mil homens para fazer a segurança em todo o Espírito Santo. Em circunstâncias normais, esse é o contingente diário apenas na Grande Vitória.

Depois de ficarem parados na quarta-feira, 8, os ônibus voltaram a circular parcialmente nesta quinta na Grande Vitória. Apenas as linhas troncais, que ligam os terminais rodoviários - são dez no total -, estão funcionando.

Alguns desses terminais, porém, ainda estavam sem movimento por volta das 9h. Sem a presença de soldados do Exército nos locais, alguns motoristas se recusam a iniciar as viagens. As linhas funcionarão em horário reduzido, até às 18h.

As aulas seguem suspensas, e o comércio funciona parcialmente. A situação é um pouco melhor do que aquela vista no início da semana, mas a população ainda está com medo. Mesmo com o reforço na segurança com tropas federais, o patrulhamento nas ruas é pequeno.

No início da manhã desta quinta, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, declarou em entrevista ao telejornal "Bom Dia ES", da TV Gazeta, que a situação "está melhorando", mas admitiu que sensação de insegurança deverá perdurar por mais alguns dias.

"Mesmo com a presença da Polícia Militar (após o fim da paralisação), vai haver essa sensação de insegurança", afirmou. "A Polícia Militar vai precisar recuperar a sua imagem, que foi jogada na lama."

Durante a madrugada, a sede da TV Gazeta, afiliada da Rede Globo na Ilha de Monte Belo, em Vitória, foi atingida por quatro disparos. Os tiros foram dados em direção a um auditório. Ninguém estava no local no momento.

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