Crescimento do PIB depende de São Paulo, afirma Haddad
Foi uma resposta para a pergunta sobre o possível uso do potencial econômico da capital como moeda de troca nas negociações com a União para renegociar a dívida municipal
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - O prefeito de São Paulo , Fernando Haddad, em entrevista exclusiva à Rádio Estadão, na manhã desta terça-feira, afirmou o governo federal "depende de São Paulo para fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer".
Foi uma resposta para a pergunta sobre o possível uso do potencial econômico da capital paulista como moeda de troca nas negociações com a União para renegociar a dívida municipal e conseguir investimentos. "Não há contradição entre desenvolvimento nacional e desenvolvimento de São Paulo. É uma via de mão dupla", disse Haddad.
Ele afirmou ainda que as prioridades de 2013 são a renegociação da dívida municipal e o estabelecimento de parcerias com o governo federal e com a iniciativa privada. Haddad voltou a criticar os juros excessivos cobrados pela União para o pagamento das dívidas municipais.
Na segunda-feira (14), o prefeito havia comparado a postura do governo federal à de um agiota. "Se eu pago 15 para a União e ela rola sua dívida por oito, ela está ganhando sete em cima de um ente que supostamente precisa ajuda da União", disse o prefeito.
Haddad elogiou a atitude da presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, encaminhou ao Congresso projeto de lei complementar para alterar as condições do pagamento da dívida, "sobretudo o indexador". "Eu vou acampar em Brasília.
Assim que iniciarem os trabalhos legislativos, pretendo ter uma conversa com os presidentes da Câmara e do Senado", referindo-se à pressão que pretende fazer para que o projeto seja aprovado. "Para nós, é essencial que ele seja aprovado em 2013. É a retomada dos investimentos que vai fazer São Paulo se reencontrar com seu padrão de desenvolvimento habitual."
O prefeito comentou o fato de ter congelado R$ 5,2 bilhões do orçamento, ou 12,3% da arrecadação estimada para este ano. A suspensão dos gastos atinge os projetos em andamento ou prometidos. À Rádio Estadão, Haddad afirmou que "não há nenhuma obra licitada que estará parada ao longo do ano, as obras vão aguardar licitação".
Questionado sobre a reação dos secretários com a notícia da suspensão de parte do orçamento, Haddad respondeu: "É um procedimento natural. Se você não segura a rédea da máquina logo no começo depois o controle fica cada vez mais difícil".
No caso das licitações de corredores de ônibus, o prefeito informou que parte dos 150 quilômetros prometidos está em processo de licitação, suspenso por decisão judicial. "Estamos recorrendo, 150 quilômetros você não constrói em um ano. Vai licitar 66 quilômetros e fazer os projetos preparatórios para os outros 84.
Vamos liberar recursos para 66 assim que a licitação for concluída", afirmou. Para o restante dos corredores de ônibus, Haddad informou que há duas alternativas: fazer uma parceria com o governo federal ou com a iniciativa privada, o que deve ser definido até a metade do ano.
São Paulo - O prefeito de São Paulo , Fernando Haddad, em entrevista exclusiva à Rádio Estadão, na manhã desta terça-feira, afirmou o governo federal "depende de São Paulo para fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer".
Foi uma resposta para a pergunta sobre o possível uso do potencial econômico da capital paulista como moeda de troca nas negociações com a União para renegociar a dívida municipal e conseguir investimentos. "Não há contradição entre desenvolvimento nacional e desenvolvimento de São Paulo. É uma via de mão dupla", disse Haddad.
Ele afirmou ainda que as prioridades de 2013 são a renegociação da dívida municipal e o estabelecimento de parcerias com o governo federal e com a iniciativa privada. Haddad voltou a criticar os juros excessivos cobrados pela União para o pagamento das dívidas municipais.
Na segunda-feira (14), o prefeito havia comparado a postura do governo federal à de um agiota. "Se eu pago 15 para a União e ela rola sua dívida por oito, ela está ganhando sete em cima de um ente que supostamente precisa ajuda da União", disse o prefeito.
Haddad elogiou a atitude da presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, encaminhou ao Congresso projeto de lei complementar para alterar as condições do pagamento da dívida, "sobretudo o indexador". "Eu vou acampar em Brasília.
Assim que iniciarem os trabalhos legislativos, pretendo ter uma conversa com os presidentes da Câmara e do Senado", referindo-se à pressão que pretende fazer para que o projeto seja aprovado. "Para nós, é essencial que ele seja aprovado em 2013. É a retomada dos investimentos que vai fazer São Paulo se reencontrar com seu padrão de desenvolvimento habitual."
O prefeito comentou o fato de ter congelado R$ 5,2 bilhões do orçamento, ou 12,3% da arrecadação estimada para este ano. A suspensão dos gastos atinge os projetos em andamento ou prometidos. À Rádio Estadão, Haddad afirmou que "não há nenhuma obra licitada que estará parada ao longo do ano, as obras vão aguardar licitação".
Questionado sobre a reação dos secretários com a notícia da suspensão de parte do orçamento, Haddad respondeu: "É um procedimento natural. Se você não segura a rédea da máquina logo no começo depois o controle fica cada vez mais difícil".
No caso das licitações de corredores de ônibus, o prefeito informou que parte dos 150 quilômetros prometidos está em processo de licitação, suspenso por decisão judicial. "Estamos recorrendo, 150 quilômetros você não constrói em um ano. Vai licitar 66 quilômetros e fazer os projetos preparatórios para os outros 84.
Vamos liberar recursos para 66 assim que a licitação for concluída", afirmou. Para o restante dos corredores de ônibus, Haddad informou que há duas alternativas: fazer uma parceria com o governo federal ou com a iniciativa privada, o que deve ser definido até a metade do ano.