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Cresce insatisfação com economia do Brasil em meio ao surto de coronavírus

Entre fevereiro e março, a avaliação de que a economia brasileira está "no caminho errado" disparou de 40% para 48%

Coronavírus: país já tem mais de 600 casos da doença e, ao menos, sete mortes (Ricardo Moraes/Reuters)

Coronavírus: país já tem mais de 600 casos da doença e, ao menos, sete mortes (Ricardo Moraes/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 20 de março de 2020 às 10h15.

Em meio ao surto da pandemia de coronavírus que se intensificou nesta semana no Brasil, a avaliação de que as medidas econômicas do governo Bolsonaro para melhorar a economia brasileira estão "no caminho errado" disparou de 40% em fevereiro para 48% em março, segundo pesquisa XP divulgada nesta sexta-feira, 20.

Essa foi a primeira vez desde dezembro do ano passado que a percepção negativa da atuação econômica do Brasil superou a percepção positiva.

Já avaliação positiva do governo de Jair Bolsonaro caiu quatro pontos percentuais entre fevereiro e março e chegou a 30%. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa ouviu 1.000 brasileiros, entre segunda e quarta-feira desta semana, período em que os efeitos da pandemia se intensificaram. Na sexta-feira passada, o país contava com 121 casos positivos para a doença, sem nenhuma morte.

Hoje já são mais de 600 e, ao menos, sete vítimas. Shoppings, centros comerciais e serviços já estão de portas fechadas, enquanto cidades decidem em qual momento vão suspender a circulação de pessoas.

Para os entrevistados, a atuação do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, é vista como positiva por 56%. Em um mês, saltou de 50% para 70% o medo da população sobre o coronavírus. Os que dizem não ter medo caíram de 49% para 28%. Já os entrevistados que disseram ter tomado medidas de prevenção chegaram a 83%.

As ações de Paulo Guedes para minimizar os impactos da crise são aprovadas por 36%. Para o combate aos efeitos econômicos, 61% preferem a adoção de medidas de estímulo, enquanto 24% acham que o Congresso deveria focar a aprovação da agenda anterior, das reformas administrativa e tributária.

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