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Cratera em obra do Metrô do Rio preocupa moradores

Na madrugada de domingo, 11, o solo cedeu e duas crateras de 4 metros de diâmetro e 2 m de profundidade se abriram nas calçadas da Rua Barão da Torre

Obras: Defesa Civil diz que não há riscos nas estruturas dos prédios da rua onde calçada cedeu (Tomaz Silva/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 16h20.

Rio - As obras de perfuração do solo para construção da Linha 4 do MetrôRio no trecho entre Ipanema e Gávea, na zona sul do Rio, estão suspensas por tempo indeterminado.

Em outros três canteiros, as obras serão mantidas. Na madrugada de domingo, 11, o solo cedeu e duas crateras de 4 metros de diâmetro e 2 m de profundidade se abriram nas calçadas da Rua Barão da Torre, entre as ruas Farme de Amoedo e Teixeira de Melo.

As causas do problema ainda são desconhecidas, no entanto, o gerente de produção do consórcio Linha 4 Sul, Aluísio Coutinho, garante que não há risco para a estrutura dos prédios nas redondezas.

"Ainda não sabemos as causas do acidente. (Sabemos que) houve uma ruptura lateral que se chocou com as calçadas, que cederam. Nossos técnicos detectaram o afundamento e acionaram o plano de contingência com a Defesa Civil. Em seguida, eles analisaram as rachaduras e garantiram que não haveria danos aos prédios. Os problemas de estrutura são restritos ao afundamento das calçadas", afirmou Coutinho.

Moradores da Rua Barão da Torre contaram que fissuras apareceram nos prédios logo após o surgimento das crateras e Coutinho disse que "fissuras de alvenaria ou do reboco não induzem risco (estrutural)".

Não há previsão para entrega do laudo sobre as causas do acidente.

Inicialmente, os engenheiros avaliam se houve falha geológica, um problema com o "Tatuzão" (equipamento usado para a perfuração, que terminava a escavação na rocha do morro do Cantagalo e começava a perfurar a areia na Barão da Torre) ou se havia água no local.

Por causa do incidente, moradores ficaram sem água, luz e gás durante algumas horas de domingo. Ainda nesta segunda, os moradores do lado ímpar permaneciam sem gás.

"Não há risco para as edificações ou para a saúde das pessoas. As obras do metrô continuam (para perfuração de outras estações), mas as escavações na Barão da Torre estão paradas", ressaltou o secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola.

"As causas ainda não estão definidas, mas daremos uma resposta à população assim que forem identificadas".

Espíndola garantiu que mesmo com a interrupção, as obras serão entregues no prazo.

"A previsão de entrega está mantida para o primeiro semestre de 2016. Nosso compromisso olímpico será mantido".

Moradores

Apesar das garantias de que não havia danos estruturais aos edifícios, quatro moradores preferiram passar a noite em um hotel e tiveram as despesas pagas pela concessionária Linha 4 Sul.

Aqueles que ficaram em casa e tiveram outras despesas (com comida, por exemplo, pela falta de gás) serão ressarcidos pela empresa.

O psicólogo Ronaldo Novaes, de 48 anos, disse que parte da casa onde mora ficou sem luz e buscará o reembolso da concessionária.

Ele afirma que as obras deveriam ter sido entregues em dezembro de 2013. "Prometeram que a rua seria liberada e só teria obra no subsolo, com o Tatuzão e de repente acontece isso. Até hoje a concessionária não nos informou porque as obras estão tão atrasadas".

Já o jornalista Gilberto Menezes Cortes, de 64, teme problemas nas escavações futuras.

"(Os engenheiros) faziam medições semanais (das perfurações) e agora elas são de hora em hora. Não sabemos o que está acontecendo. O solo da rua Visconde de Pirajá (uma das mais movimentadas de Ipanema) é parecido com o daqui (Barão da Torre) e tenho medo que aconteça a mesma coisa".

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As causas do problema ainda são desconhecidas, no entanto, o gerente de produção do consórcio Linha 4 Sul, Aluísio Coutinho, garante que não há risco para a estrutura dos prédios nas redondezas.

"Ainda não sabemos as causas do acidente. (Sabemos que) houve uma ruptura lateral que se chocou com as calçadas, que cederam. Nossos técnicos detectaram o afundamento e acionaram o plano de contingência com a Defesa Civil. Em seguida, eles analisaram as rachaduras e garantiram que não haveria danos aos prédios. Os problemas de estrutura são restritos ao afundamento das calçadas", afirmou Coutinho.

Moradores da Rua Barão da Torre contaram que fissuras apareceram nos prédios logo após o surgimento das crateras e Coutinho disse que "fissuras de alvenaria ou do reboco não induzem risco (estrutural)".

Não há previsão para entrega do laudo sobre as causas do acidente.

Inicialmente, os engenheiros avaliam se houve falha geológica, um problema com o "Tatuzão" (equipamento usado para a perfuração, que terminava a escavação na rocha do morro do Cantagalo e começava a perfurar a areia na Barão da Torre) ou se havia água no local.

Por causa do incidente, moradores ficaram sem água, luz e gás durante algumas horas de domingo. Ainda nesta segunda, os moradores do lado ímpar permaneciam sem gás.

"Não há risco para as edificações ou para a saúde das pessoas. As obras do metrô continuam (para perfuração de outras estações), mas as escavações na Barão da Torre estão paradas", ressaltou o secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola.

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Espíndola garantiu que mesmo com a interrupção, as obras serão entregues no prazo.

"A previsão de entrega está mantida para o primeiro semestre de 2016. Nosso compromisso olímpico será mantido".

Moradores

Apesar das garantias de que não havia danos estruturais aos edifícios, quatro moradores preferiram passar a noite em um hotel e tiveram as despesas pagas pela concessionária Linha 4 Sul.

Aqueles que ficaram em casa e tiveram outras despesas (com comida, por exemplo, pela falta de gás) serão ressarcidos pela empresa.

O psicólogo Ronaldo Novaes, de 48 anos, disse que parte da casa onde mora ficou sem luz e buscará o reembolso da concessionária.

Ele afirma que as obras deveriam ter sido entregues em dezembro de 2013. "Prometeram que a rua seria liberada e só teria obra no subsolo, com o Tatuzão e de repente acontece isso. Até hoje a concessionária não nos informou porque as obras estão tão atrasadas".

Já o jornalista Gilberto Menezes Cortes, de 64, teme problemas nas escavações futuras.

"(Os engenheiros) faziam medições semanais (das perfurações) e agora elas são de hora em hora. Não sabemos o que está acontecendo. O solo da rua Visconde de Pirajá (uma das mais movimentadas de Ipanema) é parecido com o daqui (Barão da Torre) e tenho medo que aconteça a mesma coisa".

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