Revólver: Este já é o quinto assassinato de profissionais de imprensa no Brasil ao longo de 2012 (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2012 às 21h26.
Nova York - O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenou nesta terça-feira o assassinato do radialista Valério Luiz de Oliveira e pediu às autoridades que investiguem o ocorrido até levar os responsáveis à Justiça.
''A violência letal contra a imprensa vem aumentado no Brasil nos últimos dois anos, e está minando a habilidade dos jornalistas de informar criticamente sobre qualquer questão importante para o público'', afirmou Carlos Lauría, coordenador sênior do programa do CPJ para as Américas.
Valério, de 49 anos, trabalhava na Rádio Jornal 820 AM de Goiânia. Na quinta-feira passada, ele foi morto a tiros quando saía do trabalho por um pistoleiro que atirou seis vezes antes de fugir em uma motocicleta.
Já é o quinto assassinato de profissionais de imprensa no Brasil ao longo de 2012. Os outros quatro foram Décio Sá, do Maranhão; Paulo Rocaro, do Mato Grosso do Sul; Mário Randolfo Marques Lopes, do Rio de Janeiro; e Laécio de Souza, da Bahia.
Até agora, nenhum desses assassinatos foi esclarecido pela polícia, que em todos os casos trabalha com a hipótese de que as mortes foram encomendadas por razões políticas ou de outra ordem.
Valério Luiz de Oliveira trabalhava no âmbito esportivo. Segundo o delegado Carlos Caetano, que está a cargo do caso, era um jornalista ''muito duro em algumas opiniões'', ''muito amado e muito odiado''.
Segundo uma apuração do CPJ, pelo menos nove jornalistas foram assassinados no Brasil no ano passado, quatro deles em direta relação por seu trabalho, o que voltou a situar o país no ''Índice de Impunidade'' elaborado anualmente pela organização.