Ao vivo: CPI ouve servidora responsável por assinar importação da Covaxin
Regina Célia teria autorizado a importação do imunizante, apesar de o contrato prever doses a menos do que o número acordado e a intermediação da empresa Madison Biotech, não citada anteriormente
Alessandra Azevedo
Publicado em 6 de julho de 2021 às 06h00.
Última atualização em 6 de julho de 2021 às 09h56.
A CPI da Covid ouve nesta momento a servidora Regina Célia Silva Oliveira, do Ministério da Saúde. Em depoimento à comissão, no último dia 25, o servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), apontou a fiscal como responsável por autorizar a importação da vacina indiana Covaxin , mesmo diante de irregularidades no contrato.
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Expectativa do depoimento
Regina Célia teria autorizado a importação do imunizante, apesar de o contrato prever doses a menos do que o número acordado e a intermediação da empresa Madison Biotech, não citada anteriormente. “Tinha falhas na invoice, e encaminhamos todas essas falhas para a fiscal do contrato, que é a responsável pela execução para dar o ‘de acordo’ ou não para a continuidade do processo”, contou Luis Ricardo à CPI.
Regina Célia foi nomeada em 2017, pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), quando o deputado era ministro da Saúde, no governo do ex-presidente Michel Temer. A informação está no Diário Oficial da União. Barros nega que tenha relação com a indicação de Regina Célia.
Barros também deve ser ouvido pela CPI, mas o depoimento ainda não foi marcado. O deputado com um mandado de segurança na Justiça para prestar depoimento ainda esta semana. Ele diz estar sendo "impedido de exercer a ampla defesa por abuso de poder da CPI".
Na quarta-feira, 7, a CPI deve ouvir Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. Ele também foi mencionado no depoimento de Luis Ricardo Miranda. Segundo o servidor, o ex-diretor de Logística era um dos superiores hierárquicos que o pressionavam pela liberação da importação da Covaxin.
Dias foi indicado ao cargo pelo centrão, durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta, e exonerado no mês passado, após a denúncia de que teria pedido propina para fechar um contrato com a Davati Medical Supply pela compra de 400 milhões de doses da Astrazeneca.