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Ao vivo: CPI ouve empresário considerado braço-direito de Pazuello

Mesmo sem ter cargo público, Airton Cascavel participou de agendas oficiais e reuniões com o ex-ministro

Airton Cascavel foi político em Roraima. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Airton Cascavel foi político em Roraima. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 06h00.

Última atualização em 5 de agosto de 2021 às 10h31.

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Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouvem nesta momento o empresário Airton Antonio Soligo. De acordo com investigações preliminares, ele teria atuado informalmente durante meses no Ministério da Saúde, sem ter qualquer vínculo com o setor público.

Assista ao vivo

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Expectativa para o depoimento

Conhecido como Airton Cascavel, ele era considerado como o braço-direito do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Mesmo sem ter cargo público, o empresário participou de agendas oficiais e reuniões com o ex-ministro. Quando descobriram a informalidade, Pazuello o nomeou assessor especial, cargo ocupado de junho de 2020 a março de 2021.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento que pediu o depoimento de Cascavel, diversos gestores estaduais e municipais de Saúde o consideravam como o "ministro de fato" da pasta, e quem resolvia muitas das questões burocráticas e logísticas do Ministério.

Natural de Capanema, no Paraná, Airton Cascavel se estabeleceu em Roraima desde 1985. Foi deputado federal pelo estado entre os anos de 1999 e 2002. Em 2003 assumiu o cargo de deputado estadual, cadeira que tinha ocupado em 1990, na primeira eleição logo após a criação do estado de Roraima. Em 1994 já tinha ocupado o cargo de vice-governador, na chapa liderada por Neudo Campos.

Cascavel assumiu a Secretaria de Saúde de Roraima em maio deste ano, sendo exonerado em julho, após ter o diagnóstico positivo para a covid-19.

Na quarta-feira, 4, quem prestou depoimento à CPI foi o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde. Ele admitiu que negociou a compra de vacinas da AstraZeneca com o policial militar Luiz Dominguetti, em fevereiro, um mês depois de deixar o cargo no governo federal, mas afirmou que a venda seria apenas para o setor privado.

Em depoimento à CPI em julho, o caboDominguetti, representante da intermediária Davati Medical Supply, afirmou que recebeu pedido de propina de um dólar por dose do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias - chefe de Blanco -, em troca de assinar contrato de venda de vacinas da AstraZeneca com o Ministério. O laboratório diz que não tem intermediários e negocia vacinas diretamente com governos.

(Com Agência Senado)

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