Ao vivo: CPI da Covid ouve advogada dos médicos que denunciaram Prevent
Empresa teria indicado sistematicamente o uso de medicamentos sem eficácia para a covid-19 e ocultado mortes de pacientes em um estudo para testar os remédios
Alessandra Azevedo
Publicado em 28 de setembro de 2021 às 06h00.
Última atualização em 28 de setembro de 2021 às 10h24.
Na fase final de depoimentos do colegiado, o caso Prevent Senior continua na mira da CPI da Covid . Nesta terça-feira, 28, os senadores ouvema advogada Bruna Morato, representante dos médicos que trabalharam na operadora de planos de saúde e fizeram um dossiê com denúncias sobre protocolos adotados pela empresa no tratamento de pacientes com covid-19.
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Segundo o dossiê, a Prevent Senior teria indicado sistematicamente o uso de medicamentos sem eficácia para a covid-19, como hidroxicloroquina e azitromicina, e ocultado mortes de pacientes em um estudo para testar os remédios. O plano de saúde teria feito experimentos com pacientes sem a autorização das famílias.
Ainda de acordo com o dossiê, o protocolo de uso do “kit covid” teria sido conversado com integrantes do gabinete paralelo do governo Jair Bolsonaro, como forma de comprovar a tese de que os medicamentos eram eficientes contra a covid-19.
À CPI, o diretor da empresa, Pedro Benedito Batista Júnior, disse que os médicos não eram obrigados a prescrever o “kit covid” e negou ter ocultado óbitos. Mas confirmou que a rede alterava o diagnóstico de covid em pacientes depois de duas ou três semanas de internação, a depender do caso.