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CPI do MST: oposição quer convocar mais dois ministros de Lula

Base governista e oposição devem ter novos embates na segunda semana do colegiado

A oposição também derrotou pedidos apresentados por governistas, que pretendiam colher informações sobre recursos públicos (ANTÔNIO ARAÚJO/Estadão Conteúdo)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 30 de maio de 2023 às 11h29.

Última atualização em 30 de maio de 2023 às 11h36.

Em sua segunda semana em funcionamento na Câmara dos Deputados, a CPI do MST recebeu novos requerimentos de convocação. Entre os novos alvos da oposição, estão dois ministros de Lula (PT): Rui Costa (Casa Civil) e Camilo Santana (Educação).

Anteriormente, os parlamentares já haviam formalizado os pedidos de esclarecimento para Flávio Dino (Justiça), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). A votação dos requerimentos se inicia na sessão desta terça-feira, prevista para às 14h.

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Tanto Rui Costa quanto Santana são chamados para a comissão por requerimentos de autoria do deputado federal Evair de Melo (PP-ES). Em relação ao titular do MEC, Melo pede que o ministro preste esclarecimento sobre a inclusão do MST na Comissão Nacional de Educação do Campo (Conec).

O chefe da Casa Civil se tornou alvo por seu passado político enquanto governador da Bahia. De acordo com o parlamentar, Rui Costa teria ignorado relatos de tensões com o movimento enquanto chefiava o Executivo estadual.

O integrante do primeiro escalão de Lula também é questionado pela presença do líder e fundador do MST, João Pedro Stédile, na comitiva presidencial para à China, assim como declarações recentes do Governo Federal.

Na sessão desta terça, a CPI do MST votará seis requerimentos feitos por deputados que integram o colegiado. Do total de pedidos, quatro partiram de parlamentares da oposição e outros dois de governistas.

Gustavo Gayer (PL-GO) requer a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO) e o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) pede um interrogatório com o ex-presidente do Incra, Geraldo Melo Filho.

Já os governistas apresentarão dois requerimentos: ambos solicitam a realização de reuniões para contextualizar e apresentar diagnóstico da situação agrária brasileira. Para isto, pedem a presença dos acadêmicos José Geraldo de Souza Junior e Raquel Rigotto

Requerimentos querem levar governador e ex-presidente do Incra à Câmara; Salles pede auxílio da CGU

Em sessão prevista para começar às 14h desta terça-feira, a CPI do MST votará seis requerimentos feitos por deputados que integram o colegiado. Do total de pedidos, quatro partiram de parlamentares da oposição e outros dois de governistas. Relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP) pediu a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) no assessoramento dos deputados da CPI.

"No contexto da CPI, a CGU pode contribuir no sentido de identificar possíveis irregularidades e fraudes envolvendo órgãos públicos ou qualquer outra entidade que esteja relacionada com o tema investigado", diz um trecho do requerimento.

Outro pedido, este de Gustavo Gayer (PL-GO), requer a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), para prestar depoimento à CPI. Pedido similar foi feito pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), que pede um interrogatório com o ex-presidente do Incra, Geraldo Melo Filho.

Os governistas também apresentarão dois requerimentos: ambos solicitam a realização de reuniões para contextualizar e apresentar diagnóstico da situação agrária brasileira. Para isto, pedem a presença dos acadêmicos José Geraldo de Souza Junior e Raquel Rigotto.

A sessão também terá a leitura de um relatório feito em cima da primeira diligência da CPI do MST, realizada nesta segunda-feira em uma fazenda no interior de São Paulo. A deputada Caroline de Toni (PL-SC) postou um vídeo, no qual diz ter encontrado "um centro de doutrinação esquerdista em uma invasão de esquerda". Assim como na semana de estreia, marcada por embates entre aliados do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tema deve acirrar os ânimos na comissão.

Como mostrou O GLOBO, pressionado pelas primeiras derrotas sofridas na CPI do MST, colegiado dominado pela oposição, o governo montou uma estratégia que divide os seus representantes na comissão em diferentes núcleos de atuação: enfrentamento direto com a direita, elaboração de requerimentos e construção de um canal de diálogo com o relator, o deputado Ricardo Salles, integrante da bancada ruralista e ex-ministro de Jair Bolsonaro.

A necessidade de um plano ficou evidente na semana passada, quando foram aprovados convites para que dois ministros de Lula, Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), prestem esclarecimentos à CPI. A oposição também derrotou pedidos apresentados por governistas, que pretendiam colher informações sobre recursos públicos destinados ao agronegócio e sobre anistias a infrações e multas ambientais. A ausência de estratégia já provocou contratempos ao Planalto em outra comissão: integrantes da base já desistiram de participar da CPI dos Ataques Golpistas em função da falta de coordenação

Acompanhe tudo sobre:CPIMST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

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