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CPI do Cachoeira terá prorrogação

Cachoeira está preso desde fevereiro, acusado pela Polícia Federal de comandar uma rede de jogos ilegais


	Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como "Carlinhos Cachoeira": a divergência entre os partidos, porém, ficará evidente quanto ao prazo de extensão dos trabalhos
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como "Carlinhos Cachoeira": a divergência entre os partidos, porém, ficará evidente quanto ao prazo de extensão dos trabalhos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 19h23.

Brasília - A CPI do Cachoeira terá os trabalhos prorrogados, mas o novo prazo para encerramento da investigação só será definido no dia 30 de outubro, depois do segundo turno das eleições municipais. A decisão foi tomada nesta terça-feira em reunião dos líderes dos partidos que integram a comissão.

A CPI foi instalada em abril deste ano e investiga a relação do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. Cachoeira está preso desde fevereiro, acusado pela Polícia Federal de comandar uma rede de jogos ilegais.

Na reunião desta terça, os parlamentares decidiram suspender as sessões públicas da CPI mista até o dia 30, quando vão discutir quanto tempo mais precisam para concluir as investigações. A previsão inicial era de que os trabalhos da comissão fossem encerrados no dia 4 de novembro.

"Eu disse que queria apresentar o relatório depois da eleições do segundo turno, para evitar contaminação das disputas eleitorais e para que o relatório não fosse usado como instrumento de disputa em nenhum caso", disse à Reuters por telefone o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG). O segundo turno será no dia 28.


Cunha disse que o clima da reunião foi tranquilo e todos concordaram que a CPI deve voltar ao trabalho apenas depois das eleições, quando vão decidir quanto tempo mais precisam para investigar Cachoeira e seus elos com empresas e administrações públicas.

A divergência entre os partidos, porém, ficará evidente quanto ao prazo de extensão dos trabalhos. Há parlamentares tentando estender a investigação por mais 180 dias, o que poderia ampliar o foco da CPI para, por exemplo, investigar a atuação das empreiteiras em todo país.

"Até mesmo dentro do PT há divergências (em relação a isso)", disse Cunha.

Para o relator, é natural que haja o anseio para investigar mais, mas ele não está reivindicando prazo adicional para isso. Cunha acredita que uma prorrogação por 30 dias é suficiente para apresentar seu relatório "consistente" e votá-lo.

"Sempre uma investigação leva a outra. A Monte Carlo (operação da PF que deu origem à CPI) gerou oito outras investigações. Com certeza a nossa vai gerar outras tantas", afirmou.

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