Brasil

CPI: Agnelo pagou R$ 7,5 mil a delator de esquema

Os parlamentares tiveram acesso ainda aos dados das contas do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal


	Agnelo Queiroz, governador do DF: em nota, o governador informou que as operações financeiras com João Dias Ferreira dizem respeito à compra de um veículo usado 
 (Wilson Dias/ABr)

Agnelo Queiroz, governador do DF: em nota, o governador informou que as operações financeiras com João Dias Ferreira dizem respeito à compra de um veículo usado  (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 22h36.

Brasília - O extrato bancário do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, encaminhado à CPI do Cachoeira mostra que o petista pagou R$ 7,5 mil para o policial militar João Dias Ferreira no primeiro semestre de 2008. O soldado foi o delator do esquema envolvendo irregularidades no repasse de verbas do Ministério do Esporte para organizações não governamentais ligadas ao PcdoB. Agnelo comandou a Pasta entre 2003 e 2006.

Os dados foram remetidos à CPI pelo Banco de Brasília (BRB), após o depoimento do governador na comissão que investiga as relações políticas do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Agnelo autorizou a quebra de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.

Segundo o BRB, Agnelo fez três transferências de R$ 2,5 mil cada para o soldado. A primeira em 01 de fevereiro de 2008, a segunda em 4 de março do mesmo ano e a última em 31 de março. Os dados mostram também o depósito de R$ 5 mil feito pelo lobista Daniel Almeida Tavares, ligado ao laboratório União Química, na conta de Agnelo. Os parlamentares tiveram acesso ainda aos dados das contas do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Em nota, o governador do DF informou que as operações financeiras com João Dias Ferreira dizem respeito à compra de um veículo usado - Honda Civic, modelo 2006/2007. A transação teria sido feita em fevereiro de 2008, mediante a entrega de 10 cheques nominais pré-datados, mas acabou desfeita pouco mais de dois meses depois, com a devolução do carro e a restituição dos cheques. A assessoria do governador sustenta que a operação é absolutamente legal e que o governador não tentou escondê-la e ofereceu seu sigilo à CPI.

Acompanhe tudo sobre:Carlinhos CachoeiraCongressoCorrupçãoEscândalosFraudesPolítica no BrasilPolíticos

Mais de Brasil

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”