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Covid-19 corresponde a 69% dos casos de síndrome respiratória grave, diz Fiocruz

Foram 92,22% mortes em decorrência do Sars-CoV-2 entre 29 de maio e 4 de junho

Teste de covid em Pequim

 (AFP/AFP)

Teste de covid em Pequim (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2022 às 13h14.

Última atualização em 9 de junho de 2022 às 13h44.

A covid-19 já corresponde a 69% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) com identificação viral nas últimas quatro semanas, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, que reforça a tendência de aumento dos casos da coronavírus tanto no longo (últimas seis semanas), quanto no curto prazo (últimas três semanas). Na última semana, o dado divulgado, também referente às quatro semanas anteriores, era 10% menor (de 59%) de casos de covid entre as ocorrências de SRAG.

Em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, o estudo também aponta uma tendência de crescimento. Foram 92,22% mortes em decorrência do Sars-CoV-2 entre 29 de maio e 4 de junho. Na semana anterior, o porcentual era de 91,1%.

Além disso, a média móvel de casos semanais de SRAG em adultos cresceu 88,7% na comparação entre a primeira (2.163 casos) e última semana (4.081 casos) de maio, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz. Na população em geral, a estimativa é de que esse crescimento tenha sido de 39,5% durante o período.

A diferença se dá pela alta de casos de covid, já que, enquanto nos adultos, os casos de síndromes respiratórias agudas são, predominantemente, em decorrência do Sars-CoV-2, nas crianças de até 4 anos, os casos de síndromes respiratórias são associados, em sua maioria, ao vírus sincicial respiratório (VSR).

"Em nível nacional, observa-se cenário claro de crescimento no número de casos semanais de SRAG associados à covid-19 em todas as faixas etárias da população adulta”, diz o Boletim da Fiocruz.

Os estados que apresentaram maior probabilidade de crescimento de casos de síndromes respiratórias agudas, nas últimas três semanas, foram: Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás Mato Grosso, Rondônia e o Distrito Federal.

Diante do contexto, Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do InfoGripe, ressaltou a importância da dose de reforço da vacina e da volta do uso de máscara. "É fundamental que a população retome certas medidas simples e eficazes como o uso de máscara, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual — tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental", disse.

(Estadão Conteudo)

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