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Coutinho defende ajuste fiscal para reduzir juros

Provável futuro Ministro da Fazenda afirmou que redução do déficit nominal são compromissos de Dilma

Presidente do BNDES, Luciano Coutinho: A necessidade de ajuste fiscal no próximo ano provocou polêmica na campanha presidencial.

Presidente do BNDES, Luciano Coutinho: A necessidade de ajuste fiscal no próximo ano provocou polêmica na campanha presidencial.

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2010 às 09h05.

Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, defendeu ontem um ajuste das contas públicas para abrir espaço para reduzir os juros. Ele disse que o País pode “ambicionar” juros mais baixos, mas que isso “vai requerer firmeza na manutenção de uma trajetória fiscal de crescente fortalecimento das finanças públicas”.

Cotado para assumir o Ministério da Fazenda no governo Dilma Rousseff, o economista afirmou que a redução do déficit nominal e da relação entre a dívida líquida e o Produto Interno Bruto são “compromissos” da presidente eleita. “Esses compromissos vão criar condições para que o Banco Central, respeitada a sua missão de manter a inflação sob controle, retome a tendência de redução de juros.”

Coutinho estava respondendo perguntas de empresários reunidos ontem em São Paulo para almoço pela Câmara de Comércio França Brasil. A necessidade de ajuste fiscal no próximo ano provocou polêmica na campanha presidencial. Os assessores de Dilma deram sinalizações nessa sentido, que foram negadas pela então candidata.

Em sua primeira coletiva depois de eleita, Dilma reafirmou as metas de superávit primário de 3,3% e de reduzir a dívida líquida em relação ao PIB de 43% para 38%. Auxiliares próximos já declararam que essa relação pode cair para 30% em 2014.

O ajuste fiscal é defendido por economistas do mercado financeiro para desacelerar a economia e abrir espaço para corte de juros sem criar inflação. Com juros mais baixos, o Brasil se tornaria menos atrativo para os capitais especulativos, cuja entrada maciça está valorizando o câmbio e reduzindo a competitividade da indústria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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