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Cortes de gastos têm reduzido operações da PF, dizem entidades

Segundo a Fenadepol, o orçamento do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da PF, previsto inicialmente em R$ 479 milhões, foi reduzido em 28%

Sede da PF em Brasília: houve ainda redução de 35% nos gastos com hospedagem, alimentação e transporte de policiais em missões ou operações oficiais (Ana Araújo/VEJA)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 11h07.

Brasília - Os cortes de gastos feitos pelo governo têm levado à redução das operações da Polícia Federal (PF), entre elas a Arco de Fogo, destinada a combater o desmatamento ilegal na Amazônia. De acordo com a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), o orçamento do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Fenapol), previsto inicialmente em R$ 479 milhões, foi reduzido em 28%.

"O desmatamento na Amazônia aumentou entre agosto de 2010 e abril deste ano, na comparação com o período anterior. Isso é reflexo direto desses cortes", disse o presidente da Fenadepol, Antônio Góis.

Gastos com diárias, transporte, hospedagem e alimentação de policiais federais em missão ou operações oficiais, custeados pelo fundo, foram limitados a R$ 58 milhões este ano – uma redução de cerca de 35% em relação aos R$ 89,8 milhões utilizados em 2010. Segundo Góis, em função disso, a PF está reduzindo o deslocamento de policiais em operações.

Em 2010, a Coordenação de Administração da Polícia Federal, responsável pelas grandes operações, gastou R$ 6,34 milhões em diárias. Este ano, foram gastos, até o momento, R$ 489 mil. “Ou seja, 13 vezes menos. Somando as unidades orçamentárias, o órgão sofreu redução de um terço de seu orçamento, o que representa cerca de R$ 281 milhões por ano”.

Em nota, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Bolivar Steinmetz, disse que a Polícia Federal está sofrendo com a agenda econômica do governo. "Infelizmente, o governo não enxerga a Polícia Federal como um investimento. O maior prejudicado com o contingenciamento na PF é o próprio Estado", adverte o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Hélio Buchmüller.

Procurada pela Agência Brasil, a PF informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não comenta assuntos relativos à questão orçamentária, e que as associações classistas "estão exercendo seus direitos democráticos".

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Brasília - Os cortes de gastos feitos pelo governo têm levado à redução das operações da Polícia Federal (PF), entre elas a Arco de Fogo, destinada a combater o desmatamento ilegal na Amazônia. De acordo com a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), o orçamento do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Fenapol), previsto inicialmente em R$ 479 milhões, foi reduzido em 28%.

"O desmatamento na Amazônia aumentou entre agosto de 2010 e abril deste ano, na comparação com o período anterior. Isso é reflexo direto desses cortes", disse o presidente da Fenadepol, Antônio Góis.

Gastos com diárias, transporte, hospedagem e alimentação de policiais federais em missão ou operações oficiais, custeados pelo fundo, foram limitados a R$ 58 milhões este ano – uma redução de cerca de 35% em relação aos R$ 89,8 milhões utilizados em 2010. Segundo Góis, em função disso, a PF está reduzindo o deslocamento de policiais em operações.

Em 2010, a Coordenação de Administração da Polícia Federal, responsável pelas grandes operações, gastou R$ 6,34 milhões em diárias. Este ano, foram gastos, até o momento, R$ 489 mil. “Ou seja, 13 vezes menos. Somando as unidades orçamentárias, o órgão sofreu redução de um terço de seu orçamento, o que representa cerca de R$ 281 milhões por ano”.

Em nota, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Bolivar Steinmetz, disse que a Polícia Federal está sofrendo com a agenda econômica do governo. "Infelizmente, o governo não enxerga a Polícia Federal como um investimento. O maior prejudicado com o contingenciamento na PF é o próprio Estado", adverte o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Hélio Buchmüller.

Procurada pela Agência Brasil, a PF informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não comenta assuntos relativos à questão orçamentária, e que as associações classistas "estão exercendo seus direitos democráticos".

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