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Corregedoria investiga juízes por "boa noite, presidente Lula"

Desde que foi preso na sede da PF em Curitiba, ex-presidente tem sido saudado com gritos de "boa noite" por seus adeptos que comparecem ao entorno do prédio

Lula: a Corregedoria Nacional está levantando informações sobre o ato público e a participação dos magistrados (Leonardo Benassatto/Reuters)

Lula: a Corregedoria Nacional está levantando informações sobre o ato público e a participação dos magistrados (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2019 às 21h03.

São Paulo - O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, determinou o levantamento de informações sobre a participação de magistrados no ato "Boa noite, presidente Lula", na noite da quinta-feira, 21, na sede da Polícia Federal, em Curitiba. As informações foram divulgadas pelo site do Conselho Nacional de Justiça.

Desde que foi preso em uma Sala Especial na sede da PF em Curitiba, o ex-presidente tem sido saudado com gritos de "boa noite" por seus adeptos que comparecem ao entorno do prédio da corporação.

Segundo o ministro, a Corregedoria Nacional de Justiça está alerta aos acontecimentos de Curitiba e adotará as providências necessárias com relação aos magistrados que, ao participarem do ato, transgrediram a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código de Ética da Magistratura.

"A Corregedoria Nacional está levantando informações sobre o ato público e a participação dos magistrados no evento. Vamos verificar se houve transgressão ao previsto na Loman e no Código de Ética da Magistratura para, posteriormente, instaurar os pedidos de providências", afirmou Humberto Martins.

De acordo com CNJ, o "corregedor nacional recebeu um programa do ato público em que constam nomes de magistrados". "A partir do documento, o ministro solicitou informações para verificar quais são os magistrados que se fizeram presentes ao ato público, pois podem ter tanto juízes ativos quanto aposentados".

"É necessário fazer essa distinção, uma vez que os magistrados inativos não se submetem ao Conselho Nacional de Justiça", destacou Martins.

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