Coronavac: Anvisa decide se mantém uso emergencial da vacina no Brasil
O debate ocorre porque a vacina ainda detém o uso excepcional no Brasil, condicionado à situação de emergência em saúde pública, que termina no fim de maio
Gilson Garrett Jr
Publicado em 12 de maio de 2022 às 06h00.
Última atualização em 12 de maio de 2022 às 08h48.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide, nesta quinta-feira, 12, se mantém o status de uso emergencial da Coronavac no Brasil. O debate ocorre porque a vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, ainda detém o uso excepcional no Brasil, condicionado à situação de emergência em saúde pública, que termina no fim de maio. Os demais imunizantes aplicados no país, Pfizer, AstraZeneca e Janssen, já têm o registro definitivo.
Desde janeiro de 2021, o imunizante é aplicado no Brasil, e, no começo do ano, ganhou o aval para aplicação emergencial em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, com exceção dos imunocomprometidos. Além da Coronavac, a vacina da Pfizer é aplicada em crianças e adolescentes no Brasil. Mais de 100 milhões de doses já foram aplicadas, segundo o Ministério da Saúde, correspondendo a 23% do total.
A Anvisa ainda avalia o pedido para a aplicação da vacina do Butantan em crianças entre 3 e 5 anos. Na próxima sexta-feira, 13, o órgão regulador e o laboratório paulista se encontram para falar sobre os dados dos estudos em que o Butantan se baseia para pedir a liberação.
"A Anvisa continua comprometida com a agilidade em suas análises e tem mobilizado toda sua equipe, em tempo integral, para avaliação e discussão das evidências apresentadas", diz em nota.
No dia 22 de abril o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou a portaria que determinou o fim da covid-19 como situação de emergência em saúde pública. O texto deu um prazo de 30 dias para que a regra entre em vigor. Segundo um levantamento feito pela pasta, cerca de 170 portarias federais se basearam na situação de emergência pública para estabelecer outras regras, sem contar decretos estaduais e municipais.
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Também nesse contexto, a Anvisa avalia nessa quinta-feira as regras impostas em viagens aéreas, como o uso obrigatório de máscara e a suspensão do serviço de bordo. Há uma tendência de que o órgão mantenha a proteção facial e libere o serviço de comidas e bebidas em voos.
Apesar do fim da emergência pública nacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda mantém o status da covid-19 como uma pandemia. Esta decisão é uma atribuição do órgão internacional.
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