(Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Agro
Publicado em 27 de julho de 2023 às 12h40.
Última atualização em 27 de julho de 2023 às 14h04.
O consumo nos lares brasileiros registrou alta de 2,47% no primeiro semestre, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Os dados foram apresentados à imprensa nesta quinta-feira, 27, pelo vice-presidente da entidade, Marcio Milan.
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De acordo com ele, o acréscimo no acumulado entre janeiro e junho se deve a um cenário econômico composto por injeção de recursos que apoiaram o consumo. Ele cita o montante de cerca de R$ 85,4 bilhões aos programas de transferência de renda do governo federal, como Bolsa Família, Primeira Infância e o Auxílio Gás pago em fevereiro, abril e junho.
"Olhamos para a queda do desemprego e o cenário é de um consumidor com mais renda, mais condição de ir aos supermercados. A estimativa é continuar nesse ritmo, pois no segundo semestre ele deve se programar também para utilizar a restituição de imposto de renda", afirma Milan.
No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve variação de -1,77% em junho ante maio e o preço, na média nacional, caiu de R$ 322,00 em maio para R$ 316,29 em junho.
As principais quedas vieram de óleo de soja (-8,96%), feijão (-6,44%), leite longa vida (-2.68%), carne bovina – corte do dianteiro (-1,30%), margarina cremosa (-0,73%), queijo muçarela (-0,42%), arroz (-0,40%).
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Outros itens da cesta permaneceram estáveis: café torrado e moído (0,01%), farinha de trigo (0,03%), massa sêmola de espaguete (0,10%). Já o açúcar registrou alta (+1,46%).
A Abras faz um levantamento para medir a variação da cesta composta de 35 produtos de largo consumo. Na média, preços de alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza tiveram recuo de -1,75%.
As carnes foram os principais produtos da cesta com o maior recuo de preços no período. De janeiro a junho, a carne bovina registrou queda de -8,20% para cortes do traseiro e -5,88% para os cortes do dianteiro. Já o frango congelado recuou -5,78% e o pernil -2,42%.
Dentre os itens básicos, as maiores quedas no semestre foram óleo de soja (-24,52%), café torrado e moído (-3,42%) e farinha de trigo (-1,10%). Já as altas foram puxadas por farinha de mandioca (+9,53%), leite longa vida (+9,17%), arroz (+6,45%), feijão (+4,78%).