Consórcio TE-AG demite 600 trabalhadores no Comperj
Ao todo, 600 trabalhadores foram dispensados após uma assembleia realizada com todos os trabalhadores do grupo
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 19h19.
Rio - A onda de demissões no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), atingiu nesta terça-feira, 13, os operários do consórcio TE-AG, formado pelas empresas Techint e Andrade Gutierrez.
Ao todo, 600 trabalhadores foram dispensados após uma assembleia realizada com todos os trabalhadores do grupo.
Desde a última semana, cerca de 900 trabalhadores já foram demitidos e os consórcios que compõem o projeto ainda planejam demitir pelo menos mais 1.600 funcionários.
As demissões estariam relacionadas à dificuldade de receber pagamentos da Petrobras relacionados a aditivos contratuais.
Segundo um funcionário presente à assembleia, as demissões foram justificadas pelo consórcio como "em função da situação da Petrobras".
O funcionário afirmou ainda que "outras empresas e consórcios também estão sem receber" recursos.
A estatal nega que tenha débitos em contratos do Comperj.
Em nota, a Petrobras informou que "está em dia com suas obrigações contratuais" e que os "pagamentos de seus compromissos reconhecidos com as empresas que atuam no Comperj foram realizados com os prazos estabelecidos contratualmente".
O consórcio, por meio da Andrade Gutierrez, informou que "o fluxo de contratações e desligamentos do consórcio TE-AG segue o andamento normal previsto no cronograma proposto pelo cliente".
Os trabalhadores do consórcio foram surpreendidos com a notícia de que haveria uma reunião em um sítio próximo ao Comperj.
No local, executivos do consórcio formalizaram as demissões, que atingiram operários de montagem, técnicos de construção civil, ajudantes e também supervisores.
Cerca de 300 funcionários ainda permanecem na empresa.
Na última semana, trabalhadores do consórcio CPPR formado por Odebrecht, Mendes Junior e UTC demitiu 236 pessoas.
Até o final do mês, serão mais 1.600 segundo o consórcio. As empresas informaram que as demissões atendem ao cronograma do projeto, que atingiu 92% de avanço.
Paralisação
Hoje, o acesso ao Comperj foi novamente bloqueado por trabalhadores da empresa Alumini.
Ao todo, 2,9 mil trabalhadores estão sem receber desde dezembro, quando a empresa teve as contas bloqueadas por uma decisão judicial em Pernambuco, em função das demissões de 4 mil funcionários da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
No acesso ao Comperj, o policiamento foi reforçado para evitar o bloqueio.
A Petrobras tem recorrido à escolta para conseguir transportar seus funcionários ao canteiro de obras. A situação se repete desde a última quinta-feira, quando foram iniciados os protestos.
Um grupo de empresas alertou hoje para o risco de uma quebra de compromissos com diversos fornecedores em função das constantes paralisações e bloqueios do canteiro de obras.
As empresas e consórcios questionam a atuação da Petrobras no caso e dizem que já acumulam prejuízos que podem levar a um "desequilíbrio financeiro" dos contratos em função da parada na produção. As empresas alegam que os dias parados não são ressarcidos pela estatal.
Em nota, a Petrobras informou que "é das empresas contratadas a responsabilidade de honrar com os contratos por elas celebrados".
A estatal informou também que "não é parte das relações trabalhistas" entre as empresas e seus funcionários mas que "acompanha as negociações e espera um desfecho adequado para ambas as partes".
Rio - A onda de demissões no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), atingiu nesta terça-feira, 13, os operários do consórcio TE-AG, formado pelas empresas Techint e Andrade Gutierrez.
Ao todo, 600 trabalhadores foram dispensados após uma assembleia realizada com todos os trabalhadores do grupo.
Desde a última semana, cerca de 900 trabalhadores já foram demitidos e os consórcios que compõem o projeto ainda planejam demitir pelo menos mais 1.600 funcionários.
As demissões estariam relacionadas à dificuldade de receber pagamentos da Petrobras relacionados a aditivos contratuais.
Segundo um funcionário presente à assembleia, as demissões foram justificadas pelo consórcio como "em função da situação da Petrobras".
O funcionário afirmou ainda que "outras empresas e consórcios também estão sem receber" recursos.
A estatal nega que tenha débitos em contratos do Comperj.
Em nota, a Petrobras informou que "está em dia com suas obrigações contratuais" e que os "pagamentos de seus compromissos reconhecidos com as empresas que atuam no Comperj foram realizados com os prazos estabelecidos contratualmente".
O consórcio, por meio da Andrade Gutierrez, informou que "o fluxo de contratações e desligamentos do consórcio TE-AG segue o andamento normal previsto no cronograma proposto pelo cliente".
Os trabalhadores do consórcio foram surpreendidos com a notícia de que haveria uma reunião em um sítio próximo ao Comperj.
No local, executivos do consórcio formalizaram as demissões, que atingiram operários de montagem, técnicos de construção civil, ajudantes e também supervisores.
Cerca de 300 funcionários ainda permanecem na empresa.
Na última semana, trabalhadores do consórcio CPPR formado por Odebrecht, Mendes Junior e UTC demitiu 236 pessoas.
Até o final do mês, serão mais 1.600 segundo o consórcio. As empresas informaram que as demissões atendem ao cronograma do projeto, que atingiu 92% de avanço.
Paralisação
Hoje, o acesso ao Comperj foi novamente bloqueado por trabalhadores da empresa Alumini.
Ao todo, 2,9 mil trabalhadores estão sem receber desde dezembro, quando a empresa teve as contas bloqueadas por uma decisão judicial em Pernambuco, em função das demissões de 4 mil funcionários da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
No acesso ao Comperj, o policiamento foi reforçado para evitar o bloqueio.
A Petrobras tem recorrido à escolta para conseguir transportar seus funcionários ao canteiro de obras. A situação se repete desde a última quinta-feira, quando foram iniciados os protestos.
Um grupo de empresas alertou hoje para o risco de uma quebra de compromissos com diversos fornecedores em função das constantes paralisações e bloqueios do canteiro de obras.
As empresas e consórcios questionam a atuação da Petrobras no caso e dizem que já acumulam prejuízos que podem levar a um "desequilíbrio financeiro" dos contratos em função da parada na produção. As empresas alegam que os dias parados não são ressarcidos pela estatal.
Em nota, a Petrobras informou que "é das empresas contratadas a responsabilidade de honrar com os contratos por elas celebrados".
A estatal informou também que "não é parte das relações trabalhistas" entre as empresas e seus funcionários mas que "acompanha as negociações e espera um desfecho adequado para ambas as partes".