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Conselho sorteará novamente relator de processo contra Cunha

O presidente do Conselho de Ética voltou atrás na decisão de nomear o deputado Zé Geraldo como relator de processo que pede a cassação do mandato de Cunha


	Presidente da Câmara, Eduardo Cunha: sessão do Conselho de Ética foi confusa e marcada por muitas discussões
 (Ueslei Marcelino/REUTERS)

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha: sessão do Conselho de Ética foi confusa e marcada por muitas discussões (Ueslei Marcelino/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 15h24.

Brasília - O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD-BA), voltou atrás na decisão de nomear o deputado Zé Geraldo (PT-PA) como relator de processo que pede a cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no lugar de Fausto Pinato (PRB-SP) e anunciou nesta quarta-feira a realização de um novo sorteio.

Araújo convocou sessão do conselho para a manhã de quinta-feira, quando será anunciado o novo relator.

A sessão do Conselho de Ética foi confusa e marcada por muitas discussões, depois que a Mesa da Câmara declarou impedido de continuar como relator do caso o deputado Pinato, que apresentou relatório favorável ao prosseguimento da ação contra Cunha.

Araújo, então, apontou Zé Geraldo como novo relator, já que ele havia sido sorteado junto com Pinato. Mas parlamentares argumentaram que o regimento diz que é preciso realizar um novo sorteio para a escolha do novo relator.

A defesa de Cunha havia recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para trocar o relator do processo, mas o pedido fora rejeitado pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso.

Um outro recurso contra o relator foi apresentado à Mesa Diretora da Câmara pela defesa de Cunha, cujo resultado foi entregue ao presidente do Conselho de Ética durante sessão nesta quarta destinada a votar o parecer de Pinato.

O pedido de abertura de processo contra Cunha baseia-se no fato de o deputado ter negado na CPI da Petrobras possuir contas bancárias na Suíça, e depois disso a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter informado sobre a existência desses recursos no exterior.

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