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Conmebol multa time em US$ 12 mil em caso Tinga

O volante do Cruzeiro ouviu manifestações racistas toda vez que tocava na bola no segundo tempo, quando entrou em campo no lugar de Ricardo Goulart

Tinga, volante do Cruzeiro: atos discriminatórios de parte da torcida peruana geraram fortes repercussões no mundo esportivo (Alexandre Loureiro/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 16h34.

Assunção - Quarenta dias depois das ofensas racistas sofridas por Tinga, na Copa Libertadores, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta segunda-feira a punição ao Real Garcilaso.

O clube peruano foi multado em apenas US$ 12 mil (cerca de R$ 28 mil) e levou uma advertência pelo episódio discriminatório que contou com manifestações indignadas até da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

"O clube peruano foi punido com uma multa de USD 12.000 e com uma advertência formal pela qual seu estádio será fechado em caso de nova infração deste tipo", anunciou a Conmebol, que vinha sendo cobrada pelo caso desde o dia 12 de fevereiro, data em que Tinga ouviu torcedores do Real Garcilaso imitando o som de macacos nas arquibancadas.

O volante do Cruzeiro ouviu as manifestações racistas toda vez que tocava na bola no segundo tempo, quando entrou em campo no lugar de Ricardo Goulart, na partida disputada na cidade de Huancayo. Abatido em razão das ofensas, Tinga disse ao fim do jogo que trocaria todos os seus títulos pelo fim do preconceito.

Os atos discriminatórios de parte da torcida peruana geraram fortes repercussões no mundo esportivo. Jogadores e dirigentes condenaram as manifestações racistas.

O presidente da CBF, José Maria Marin, saiu em defesa de Tinga e contou com o apoio do presidente peruano, Ollanta Humala, da presidente Dilma Rousseff e do ministro Aldo Rebelo, que chegou a enviar carta à Conmebol cobrando uma punição rigorosa ao Real Garcilaso.

Em nota oficial de apenas três parágrafos, a Conmebol condenou o racismo no futebol, mas não projetou ações mais rigorosas contra os clubes.

"A Conmebol reitera seu compromisso de combater qualquer forma de discriminação e atos racistas em suas competições. Com esta prioridade, reforçamos a vigilância de todos os árbitros e dos delegados das partidas para advertir e denunciar este tipo de infração", registrou a entidade.

Pelo Regulamento Disciplinar da Conmebol, casos de discriminação durante jogos organizados pela entidade podem levar a perda de pontos e até a eliminação do time na competição.

"Se as circunstâncias particulares do caso requererem, o órgão disciplinar competente pode impor sanções adicionais à associação membro ou ao clube responsável, como jogar um ou mais jogos de portões fechados, a proibição de jogar uma partida em um estádio determinado, concessão da vitória no encontro, a perda dos pontos e a desclassificação da competição", diz o artigo 12 do Regulamento.

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Assunção - Quarenta dias depois das ofensas racistas sofridas por Tinga, na Copa Libertadores, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta segunda-feira a punição ao Real Garcilaso.

O clube peruano foi multado em apenas US$ 12 mil (cerca de R$ 28 mil) e levou uma advertência pelo episódio discriminatório que contou com manifestações indignadas até da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

"O clube peruano foi punido com uma multa de USD 12.000 e com uma advertência formal pela qual seu estádio será fechado em caso de nova infração deste tipo", anunciou a Conmebol, que vinha sendo cobrada pelo caso desde o dia 12 de fevereiro, data em que Tinga ouviu torcedores do Real Garcilaso imitando o som de macacos nas arquibancadas.

O volante do Cruzeiro ouviu as manifestações racistas toda vez que tocava na bola no segundo tempo, quando entrou em campo no lugar de Ricardo Goulart, na partida disputada na cidade de Huancayo. Abatido em razão das ofensas, Tinga disse ao fim do jogo que trocaria todos os seus títulos pelo fim do preconceito.

Os atos discriminatórios de parte da torcida peruana geraram fortes repercussões no mundo esportivo. Jogadores e dirigentes condenaram as manifestações racistas.

O presidente da CBF, José Maria Marin, saiu em defesa de Tinga e contou com o apoio do presidente peruano, Ollanta Humala, da presidente Dilma Rousseff e do ministro Aldo Rebelo, que chegou a enviar carta à Conmebol cobrando uma punição rigorosa ao Real Garcilaso.

Em nota oficial de apenas três parágrafos, a Conmebol condenou o racismo no futebol, mas não projetou ações mais rigorosas contra os clubes.

"A Conmebol reitera seu compromisso de combater qualquer forma de discriminação e atos racistas em suas competições. Com esta prioridade, reforçamos a vigilância de todos os árbitros e dos delegados das partidas para advertir e denunciar este tipo de infração", registrou a entidade.

Pelo Regulamento Disciplinar da Conmebol, casos de discriminação durante jogos organizados pela entidade podem levar a perda de pontos e até a eliminação do time na competição.

"Se as circunstâncias particulares do caso requererem, o órgão disciplinar competente pode impor sanções adicionais à associação membro ou ao clube responsável, como jogar um ou mais jogos de portões fechados, a proibição de jogar uma partida em um estádio determinado, concessão da vitória no encontro, a perda dos pontos e a desclassificação da competição", diz o artigo 12 do Regulamento.

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