Conheça os senadores eleitos em cada estado brasileiro
José Serra (PSDB/SP), Fernando Collor (PTB/AL) e Romário (PSB/RJ) são alguns dos parlamentares que ocuparão as 27 cadeiras disponíveis
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2014 às 23h40.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h01.
São Paulo – Neste domingo, os eleitores brasileiros decidiram o destino de um terço das cadeiras do Senado . Dos 27 parlamentares em final de mandato, 11 disputaram a reeleição , dentre eles Eduardo Suplicy (PT/SP), derrotado por José Serra (PSDB/SP), e Fernando Collor (PTB/AL), reeleito.Confira a seguir os senadores eleitos (e reeleitos) para representar os estados no Congresso Nacional , pelos próximos oito anos.
Com apenas 36 anos de idade, o candidato Gladson Cameli, do PP, representará o Acre no Senado Federal, depois de obter 58,36% dos votos válidos. Formado em engenharia civil, Cameli entrou na política aos 28 anos. Em 2006, foi eleito pela primeira vez deputado federal, cargo ao qual foi reeleito na disputa de 2010.
O ex-presidente do Brasil Fernando Collor conseguiu se reeleger ao cargo de senador no pleito de 2014, com 55,69% dos votos computados. Candidato pelo PTB de Alagoas,Collor tem 65 anos de idade, é formado em economia e detém 12 concessões de radiodifusão em Maceió. O candidato chegou àcadeira de senador em 2006, depois de ficar oito anos sem poder se eleger, devido ao processo de impeachment que sofreu em 1992, na Presidência da República. Neste ano, o STF absolveu o políticodas acusações de peculato, corrupção e falsidade ideológica que recaíram sobre ele na época.
O Amapá elegeu o comerciante Davi Alcolumbre, do DEM, para o Senado, com 36,26% dos votos válidos. Aos 37 anos, o político já foi vereador de Macapá, de 2001 a 2003, e deputado federal por três mandatos consecutivos, de 2003 até a atualidade. Entre 2009 e 2010, exerceu a função de secretário de Obras e Serviços Públicos de Macapá.
O senador eleito pelo estado do Amazonas foi Omar Aziz, do PSD, com 58,51% dos votos. Engenheiro de 56 anos, Aziz encerrou neste ano o mandato de governador do estado, cargo ocupado desde 2010. Após passar pela Câmara dos Vereadores e pela Vice-Prefeitura de Manaus, nos anos de 1990, elegeu-se ao cargo de Vice-Governador, nas eleições de 2002 e 2006, na chapa de Eduardo Braga. Em 2008, tentou as eleições para a Prefeitura de Manaus, mas não venceu a disputa.
Na Bahia, o senador eleito foi Otto Alencar, do PSD, com 55,88% dos votos computados. Médico e ex-professor, o político ocupou o cargo de governador do estado entre abril e dezembro de 2002. Desde 2010, ele trabalha como vice-governador, ao lado de Jaques Wagner. Ele é também o presidente do PSD no estado.
Depois de perder a eleição para o Senado em 2010, o político Tasso Jeireissati, do PSDB do Ceará, se elegeu ao cargo em 2014, com 57,91% dos votos válidos. O empresário de 65 anos governou o estado em três gestões: 1987 a 1990, 1995 a 1998 e 1999 a 2002. Ele também atuou no Senado Federal de 2003 a 2011.
O Distrito Federal elegeu o candidato José Antonio Machado Reguffe, do PDT, para representar a unidade federativa no Senadoa partir de 2015. O candidato, formado em economia e jornalismo, tem 42 anos de idade e já foi deputado distrital (de 2007 a 2011) e deputado federal (desde 2011). Ele obteve 57,61% dos votos válidos.
No Espírito Santo, quem vai para o Senado será Rose de Freitas, do PMDB, que obteve 46,23% dos votos válidos. Desde 2003, a política exerce a função de deputada federal, cargo que também ocupou entre 1987 e 1995. Além disso, Rose também atuou como deputada estadual, de 183 a 1987. Fora da política, ela trabalhou como jornalista, radialista e professora.
O estado de Goiás elegeu Ronaldo Caiado, do DEM, para o cargo de senador nestas eleições, com 47,57% dos votos válidos. Desde 1999, atua como Deputado Federal, cargo que também ocupou entre 1991 e 1995. O político tem 65 anos de idade, é formado em medicina e agropecuarista, que fundou e presidiu a União Democrática Ruralista (1987-1989).
O candidato Roberto Rocha, do PSB, foi eleito a senador no Maranhão, com 51,41% dos votos computados. Na disputa de 2010, ele tentou ocupar o cargo, mas não teve êxito. Desde 2012, o político atuava como vice-prefeito de São Luís. Roberto Rocha é formado em administração de empresas pela Universidade Estadual do Maranhão e, de 1990 a 1994, exerceu o cargo de deputado estadual. Ele também ocupou a função de deputado federal, entre 1995 e 2002, e, depois, de 2007 a 2010.
Aos 57 anos, Wellington Fagundes, do PR, foi eleito senador do Mato Grosso, com 48,19% dos votos válidos. O político é formado em veterinária e é agropecuarista. Desde 1991, atua como deputado federal pelo estado e, em 2004, buscou uma vaga no Poder Executivo, ao tentar se eleger ao cargo de prefeito de Rondonópolis, sem sucesso.
A advogada e professora Simone Tebet foi eleita senadora pelo PMDB do Mato Grosso do Sul, com 52,61% dos votos válidos. Desde 2011, ela exercia a função de vice-governadora do estado, na chapa de André Puccinelli. Sua trajetória em cargos eletivos começou em 2002, quando foi eleita ao cargo de deputada estadual. Em 2004, disputou as eleições para a Prefeitura de Três Lagoas e se consagrou a primeira mulher a ocupar o cargo na história da cidade, sendo reeleita em 2010.
Com 56,73% dos votos válidos, o advogado, professor e político Antônio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, venceu a disputa pela vaga no Senado. Em 2006, foi eleito vice-governador do estado na chapa de Aécio Neves, mas, meses antes das eleições 2010, passou a ocupar o cargo de governador, com a renúncia de Aécio, interessado em concorrer ao cargo de senador. Ainda em 2010, Anastasia se reelegeu ao governo de Minas, função ocupada até este ano.
No Pará, Paulo Rocha foi o político eleito para o cargo de senador, com 46,30% dos votos válidos. O sindicalista filiado ao PT atuou como deputado federal das eleições de 1990 até 2005, quando renunciou ao mandato. Em 2006, conseguiu se eleger novamente ao mesmo posto e, em 2010, chegou a disputar uma vaga no Senado. Na época, no entanto, sua candidatura foi barrada pela Lei da Ficha Limpa, devido ao envolvimento do candidato no escândalo do Mensalão.
O empresário José Maranhão foi eleito senador pelo PMDB da Paraíba, obtendo 37,12% dos votos válidos. O político já ocupou uma cadeira na casa legislativa entre 2003 e 2009. Além disso, Maranhão exerceu a função de governador da Paraíba por três vezes (de 1995 a 1998, de 1999 a 2002 e de 2009 a 2010), assim como de deputado federal (de 1982 a 1994) e de deputado estadual (1956 a 1969).
No Paraná, o senador Álvaro Dias, do PSDB, teve 77% dos votos válidos e conseguiu se reeleger ao cargo, o qual ocupa desde 2006. Nas eleições de 2002, o historiador e proprietário rural almejou o posto de governador do estado, mas não teve sucesso. Durante a carreira, o político de 69 anos foi senador por três legislaturas (de 1983 a 1987, de 1999 a 2007 e de 2007 a 2015), governador (de 1987 a 1990) e deputado estadual (de 1971 a 1975).
O político Fernando Bezerra Coelho, do PSB, foi o mais votado para o cargo de senador em Pernambuco, com 64,34% dos votos válidos. O administrador de 56 anos já foi prefeito da cidade de Petrolina por três mandatos (de 1993 a 1996, de 2001 a 2004 e de 2005 a 2007). Ele também já atuou como deputado estadual (de 1983 a 1985) e deputado federal (de 1986 a 1990 e de 1991 a 1992). Mais recentemente, ele foi Ministro da Integração Nacional, no governo Dilma, de 2011 a 2013.
O ex-jogador de futebol Romário foi eleito senador da república pelo PSB do Rio de Janeiro, com 63,43% dos votos válidos. O tetracampeão do mundo e destaque da Copa de 1994 entrou para a política em 2010, quando se elegeu deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em seu mandato, ganhou fama por suas críticas pesadas à organização CBF.
Aos 59 anos, a candidata Maria de Fátima Bezerra, ou simplesmente Fátima, foi eleita senadora do Rio Grande do Norte, com 54,84% dos votos válidos. Filiada ao PT, a política exerce desde 2003 o cargo de deputada federal. Antes, entre 1995 e 2003, atuou como deputada estadual. Com carreira sólida no Legislativo, Fátima já tentou vagas no Executivo. Em 2004 e 2008, tentou se eleger prefeita de Natal, mas não teve sucesso nas empreitadas.
Acir Gurgacz é mais um senador a conquistar a reeleição no pleito deste ano, com 41,98% dos votos. Filiado ao PDT de Rondônia, o político e empresário atua no Senado desde 2009, quando ocupou a vaga deixada por Expedito Júnior (PSDB), cassado pela Justiça Eleitoral. No início de sua carreira política, entre 2001 e 2004, atuou como prefeito da cidade de Ji-Paraná.
O contador Telmário Mota, do PDT de Roraima, foi eleito para representar o estado no Senado, com 41,24% dos votos. Formado em contabilidade, o candidato conquistou vaga de vereador suplente de Boa Vista em 2004. Quatro anos depois, em 2008, foi eleito para o cargo novamente. Mota chegou a disputar as duas últimas eleições, mas foi derrotado em ambas. Em 2010, perdeu o cargo de senador e, em 2012, não teve sucesso ao buscar a prefeitura de Boa Vista.
O estado de Santa Catarina será representado por Dário Elias Berger, do PMDB, que obteve 42,82% dos votos. O político, formado em administração de empresas, foi prefeito de Florianópolis de 2005 até 2008, e, de 2009 a 2012. De 1997 a 2004, ele já havia atuado como prefeito na cidade de São José, mas trocou seu domicílio eleitoral para concorrer às eleições na capital do estado. Este fato rendeu a ele, em 2009, a acusação de violação da Constituição Federal, uma vez que a lei prevê apenas uma reeleição para cargos do poder Executivo.
A candidata do DEM Maria do Carmo conseguiu se reeleger para o Senado, ao ter 48,91% dos votos. A empresária formada em direito começou seu trabalho na casa após as eleições de 1998, sendo reeleita novamente em 2006. Esposa do prefeito de Aracaju e ex-governador de Sergipe, João Alves Filho (DEM/SE), ela foi secretária de Combate à Pobreza, Assistência Social e Trabalho de Sergipe (2003), durante o mandato do marido no governo do estado.
A senadora Kátia Abreu, do PMDB, se reelegeu no Tocantins, ao ter 41,64% dos votos computados. Seu primeiro mandato na posição começou nas eleições de 2006. Antes disso, atuou como deputada federal de 1999 a 2007. A política faz parte da bancada ruralista no Congresso Nacional e já presidiu a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.